“Eu tentei de tudo, mas não consegui reverter o problema com remédios”, ela diz no começo da gravação. Depois de dois meses de sangramento contínuo após a chegada da caçula, a artista foi diagnosticada com a enfermidade, que é benigna e caracterizada pela infiltração do tecido endometrial nos músculos do útero.
Além de sangramento, a doença pode causar fortes cólicas e dor, o que compromete a qualidade de vida da pessoa. “Fizemos algumas etapas para ver se a gente conseguiria conter o sangramento, mas, infelizmente, sem sucesso. Primeiro, foi anticoncepcional, depois remédios, depois introdução do [DIU] Mirena e, mesmo assim, não parou de sangrar”, contou Simone. “Nós achamos melhor, então, fazer a cirurgia que é a retirada do útero.”
A remoção do órgão, porém, não é a única alternativa. Conforme a cantora relatou, há outros meios de tratar a doença, controlando os sintomas, mas tudo depende da resposta de cada organismo. A adenomiose é semelhante à endometriose, mais conhecida pelo público e já comentada por artistas como Tatá Werneck. Mas, enquanto na primeira o tecido do endométrio cresce dentro do útero, na segunda ele se espalha para fora e pode atingir outros órgãos, como ovários, intestino e bexiga.
No vídeo publicado por Simone, o médico dela, o ginecologista Renato Kalil, comenta que a infiltração da adenomiose era uma característica do útero dela, mas havia um comprometimento chamado istmocele, definido como uma fraqueza da estrutura do órgão, onde fica um “buraquinho”. Essa alteração provocava sangramento na cavidade interna.
O especialista afirmou que o procedimento foi trabalhoso do ponto de vista técnico porque estava diante de um pós-parto recente, mas tudo transcorreu bem. Ele orientou para evitar pegar peso e relações sexuais por, pelo menos, 40 dias, uma vez que qualquer esforço pode abrir a sutura (pontos dados no corte).
Em outro momento, uma médica especialista em cirugias por vídeo falou sobre o caso da cantora. “Simone tinha adenomiose, uma doença benigna relativamente comum, em que a gente encontra um tecido que era para estar dentro do útero que começa a se infiltrar no meio do músculo. Com isso, o útero aumenta de tamanho, fica mais amolecido, tende a causar sangramento e dor. Como a Simone vinha com quadro de sangramento há bastante tempo, já tinha tentado vários tratamentos clínicos sem melhora, por esse motivo a gente acabou optando pelo tratamento cirúrgico que é a retirada do útero”, explicou.
“Não é o único tratamento. Quem tem adenomiose não necessariamente precisa da cirurgia, mas nós tentamos vários tratamentos sem resposta nenhuma”, ponderou. O procedimento cirúrgico foi bem aceito também porque Simone já tinha optado pela laqueadura após o nascimento de Zaya, método contraceptivo que consiste em interromper a comunicação entre os ovários e o útero a fim de que um óvulo não seja fecundado.
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