Na noite da sexta-feira (10), o Sindicato Rural de Pato Branco, promoveu a posse da nova diretoria, que conduzirá a entidade no triênio 2023/2026, com a presença de associados, autoridades do agronegócio e políticas.
Passa a presidir o sindicato, os associados elegeram em 2022 o empresário e produtor rural, Sinauri Bedin, que afirma ter como objetivo seguir com o mesmo trabalho que vinha sendo desenvolvido pela diretoria anterior, e que ele também fazia parte.
“Nós temos alguns desafios nesse ano”, afirma Bedin apontado como uma das ações que serão amplamente debatidas, a temática do crédito de carbono, que terá reflexos no campo. “A Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), já está com profissionais fazendo treinamentos, e isso vai chegar na ponta, lá no agricultor. É um desafio muito grande se adequar a essas normas, são questões ambientais, administrativas.
Bedin também destacou a questão do bloco de produtor rural, que passará a ser totalmente eletrônico, que exigirá a curto prazo treinamento, para possibilitar o entendimento de todos.
O novo presidente afirmou ainda que no campo da política, os olhares devem ser mantidos nos governos estadual e federal, “estão louquinho para aumentar os impostos, então é uma vigilância constante”, comentou Bedin, que antes mesmo de assumir a entidade, no início deste ano, viu o governo estadual almejar taxar o agronegócio e recuar temporariamente por conta da mobilização do setor produtivo.
“Na realidade o governo do Paraná aumentou despesas, acho interessante, porque todas as áreas privadas em momento de crise baixam as despesas, o governo infelizmente não se atém a esse detalhe, porque ele tem uma ferramenta chamada impostos”, desabafa o presidente ao completar que “o governo tentou fazer foi aumentar imposto no Paraná, jogando em cima da soja, do milho, do algodão, do boi, e não é assim. Nós da Faep nos mobilizamos com os sindicatos do Paraná, e falamos para o governo que, se está faltando dinheiro, todos os paranaenses têm que pagar, não é só colocar em cima do agro.”
A pauta que é cara ao agronegócio, foi retirada de pauta, porém, o setor ainda teme o aumento dos impostos.
Produção de alimentos
Bedin salienta que a produção do campo está crescendo cada vez mais, tendo como aliado dos produtores, as tecnologias que são apresentadas para o setor. “O que o agricultor não está fazendo é vender esse trabalho lá fora, o pessoal acha que o pessoal do agro está ganhando dinheiro com facilidade, só que o pessoal está olhando lá, mas não está vendo quando deu pedreira, quando temos uma perda de safra. São vários desafios. Nós temos que vender lá fora o nosso trabalho. O agricultor realmente é um parceiro do Brasil e do mundo. Ele está produzindo alimento.”
O presidente destaca que o trabalho deve ser feito também para ampliar a visão com relação aos insumos utilizados na produção. “Não estamos matando ninguém”, ao se referir a organismos que questionam as práticas utilizadas, “não é veneno, são defensivos agrícolas. Então temos que mudar essa mentalidade negativa que criaram em cima do agricultor. Temos que mudar isso e o mundo tem que ver o agricultor. Não adianta o país ter tecnologia, ter petróleo, se não tem comida. O básico tem que estar na prateleira do mercado e isso só acontece se deixar o agricultor trabalhar.”
Oradi Caldato
Mesmo deixando a presidência do Sindicato Rural de Pato Branco, cargo ocupado por 12 anos, Oradi Francisco Caldato seguirá atuante na entidade, como Delegado Representante junto a Faep, onde também é um dos vice-presidentes.
O agora ex-presidente da entidade local afirmou estar realizado com o trabalho desenvolvido por mais de uma década, assim como ter feito um processo de sucessão tranquila dentro da organização.
Ainda com relação as ações sindicais dos últimos anos, Caldato afirma que “tivemos pautas importantíssimas, desafios que precisamos enfrentar, a pauta maior foi na época da Lei Ambiental, juntamente com a Faep que ninguém mobilizou mais pessoas em Brasília do que a Faep e nós estivemos juntos. Ao final, a questão ambiental gerou foi um código justo e protegeu os agricultores.”
Ele também recordou as missões técnicas internacionais chefiadas pela Faep, com o objetivo de abrir novos horizontes aos produtores em todo o estado.
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