O Dia das Mães, que esse ano será comemorado em 9 de maio, é a segunda data mais importante do ano para o comércio e perde somente para as vendas do Natal. Além de celebrar os sentimentos despertados pelo amor materno, também é importante para a economia, especialmente para pequenos comerciantes locais, que vem sofrendo impactos significativos durante a pandemia.
Diante do cenário atual, o comércio precisa lidar com a incerteza de vendas neste feriado, onde em anos anteriores o setor atingia picos elevados de consumo.
Com a renda familiar em baixa, a expectativa é que os consumidores procurem por opções mais baratas de presente, deixando de lado opções marcantes e, para algumas pessoas, se aventurando no movimento ‘Faça você mesmo’, ato em que a própria pessoa produz o presente.
Ferramentas digitais são opções para manter as vendas
O presidente do Sindicomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Pato Branco), Ulisses Piva, ressalta que a expectativa nas vendas é que tenha aumento de 10% em relação ao ano passado, em que o Dia das Mães ocorreu nos primeiros meses da pandemia e gerou um impacto negativo no comércio.
Esse ano, Piva afirma que o cenário é diferente, pois o comércio está se preparando para suprir as necessidades. “Os empresários do comércio estão preparados para atender, seja de forma presencial ou por ferramentas digitais, como o WhatsApp e as redes sociais. ”, afirma.
Fernanda Ody Barp, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), atribui grande expectativa para o comércio nessa data devido a personalização do atendimento através de diferenciados canais de vendas que estão sendo dispostos pelas lojas.
A presidente afirma que alguns setores do comércio tiveram crescimento mesmo na pandemia, como é o caso da construção civil, lojas de produtos para casa e bem-estar, enquanto outros nichos sofreram grande impacto. “Alguns setores baixaram as vendas, porém registramos muitos comerciantes se reinventando para manter a loja e equipe de trabalhadores nesse período”, finaliza.
O proprietário de uma loja de móveis e eletrodomésticos do município, Ataide Luiz Scarabelot, afirma que o movimento após o início da segunda onda de transmissão da covid-19 diminuiu consideravelmente. “O movimento já não é mais o mesmo que o ano passado, é difícil dar uma perspectiva com o atual cenário”.
Scarabelot conta que os meses entre maio e agosto de 2020 superaram as vendas do mesmo período em 2019, mas que um aumento repentino nos preços dos móveis e eletrodomésticos ajudaram a diminuir as vendas. “Teve variações acima de 30% no valor de móveis e eletro”, diz. “Se conseguirmos manter a mesma porcentagem de venda do ano anterior para esse dia das mães já estaremos satisfeitos”, finaliza.
Consumidores gastam menos com presentes
Com um aumento significativo nos preços, e com a incerteza gerada pela pandemia, consumidores procuram economizar em presentes e buscam alternativas mais baratas, como é o caso da fonoaudióloga, Vivian Faccin.
Ela afirma que, para não passar em branco, vai procurar por itens mais baratos do que costumava comprar nos anos anteriores. “Pretendo gastar no máximo R$ 150, provavelmente comprarei algo para a casa, como difusor de ambiente ou algum kit de creme hidratante, que são itens que ela adora e que não custa tanto”, afirma.
A economia nesse ano também é a escolha da secretária Marilda Barboza, que pretende gastar R$ 450 em dois presentes, um para sua mãe e outro para a sogra. “É uma data muito especial para não comprar algo. Por mais difícil que esteja, é importante presentear as pessoas que amamos em datas como esta”, diz.
Horário de funcionamento
Segundo informações do Sindicomércio e da CDL, as orientações passadas para as empresas que se enquadram nas categorias representadas por ambos é que sejam seguidos os horários de funcionamento estipulados no decreto municipal nº 8.898, de 13 de abril de 2021.