A audiência pública realizada pelo município de Pato Branco para discutir o Terminal Urbano que está sendo implantado na região central do município continua gerando repercussão após a administração pública, através da Secretaria de Planejamento Urbano e do Departamento de Trânsito apresentarem impactos negativos e a possibilidade de não dar continuidade a obra do Terminal Urbano de Pato Branco, o qual já está sendo finalizada.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte, condutores de veículos rodoviários urbanos e em geral, trabalhadores em transporte rodoviário de Pato Branco (Sintropab), através do presidente Epitácio Antônio dos Santos, se posiciona contra a não implantação do Terminal Urbano no local.
“O terminal já estava com o acabamento sendo iniciado, com piso asfáltico para o trânsito de ônibus e acharam alguma coisa que, a meu ver, é mais para atender a vizinhança da rua Pedro Ramires de Mello, por isso vieram com a proposta”, afirma Epitácio, apontando que houve muitas contestações durante a audiência pública e muitos se posicionaram contra o município.
Segundo o presidente, a princípio, o local escolhido não é adequado para um Terminal Urbano, porém, “uma vez que está feito, com todos os estudos de impacto, alvará de todos os órgãos necessários. Agora nos resta concluir”.
O Sintropab defende a importância de o município contar com um local adequado na questão de capacidade e fornecimento de itens básicos, como sanitários, local fechado para proteção do frio, chuva e calor, disponibilidade dos horários de ônibus, entre outros.
“Aqui em Pato Branco o único terminal de ônibus com instalação sanitária é na UTFPR. Os operadores, motoristas e cobradores, em outras regiões, precisam usar o banheiro de bares ou pedir nas residências que forneçam um banheiro”, evidencia, ao destacar que a construção é benéfica tanto para os usuários quanto para os trabalhadores do transporte.
Outra questão discutida na audiência pública foi a possibilidade de instalação de mini terminais em alguns pontos de Pato Branco e, segundo Epitácio, não diminui os problemas já encontrados pelos usuários do transporte público. “Isso ficou bem claro até pelo fato da tarifa ser integrada, vai ter que desembarcar em um desses terminais e embarcar em outro local. Tem que deslocar o passageiro”, explica.
Ainda sobre a audiência pública, o presidente da Sintropab afirma que o convite não foi claro para todos, pois não mencionava que seria debatido a possibilidade de parar a construção. “O convite era para debater sobre o terminal, a estrutura e operação. Fomos lá esperando que seria explicado como estava a obra e o que falta para terminar. Chegando lá, tivemos uma surpresa”, comenta, ao mencionar, ainda, que no local estavam apenas as pessoas que se colocam contra o terminal.
Epitácio destaca que houve diversas audiências antes da construção do Terminal Urbano de Pato Branco e, caso precisasse ser feito de forma diferente, as decisões deveriam ter sido tomadas antes do início da construção.
“Nós somos totalmente contra e, se mantiverem essa ideia de não terminar, vamos entrar na justiça para discutir a questão. Esse dinheiro que foi ocupado foi dinheiro da outorga do transporte coletivo e estão (a administração pública) falando em devolver o dinheiro. Nós entendemos que é improbidade administrativa, que foi um outro prefeito que fez, agora cada um que assume vai querer fazer do jeito dele”.
O presidente do Sindicato continua seu posicionamento afirmando que o terminal urbano precisa levar em conta as necessidades do coletivo, para os usuários e trabalhadores do transporte, pensando no conforto e segurança dos mesmos.
Consórcio Tupã
Procurado pelo Diário do Sudoeste, o gestor e advogado do Consórcio Tupã, João Angelo Vezzaro, se posicionou através de nota:
“Para a mobilidade urbana é essencial o Terminal Urbano onde ele foi construído, atrás da prefeitura, pois precisa ser na região central, pois nenhum usuário irá até outro local fora do centro com o ônibus e caminhará até o centro de volta. Frisa-se que, este Terminal têm todas as características que o faz ser modelo para o Brasil, pois tem ampla área para acomodar os atuais 10.000 usuários diários que o transporte coletivo atende, bem como a futura demanda; 10 banheiros entre os gêneros; diversos bancos; todo o ambiente é coberto com ar condicionado; e integração numa mesma estrutura que é o grande diferencial, coisa que não ocorre hoje, pois os usuários, especialmente do Bairro Planalto, São João e São Cristóvão e São Roque, hoje precisam desembarcar na Praça do Artesão e caminhar até a Rodoviária Velha para se dirigirem à Zona Norte Industrial e Estudantil, sendo que, se implementado os “mini-terminais” continuará ocorrendo esse mesmo desamparo com o usuário, ou seja, a princípio, os “mini-terminais” não resolvem o problema dos usuários, mas sim o Terminal Urbano.
De outra face, os pontos negativos explanados pelo Executivo são itens superáveis, pois a supressão de estacionamentos deve ser compensada com a abertura de vagas na Praça do Artesão e na Rodoviária Velha, locais que não serão mais utilizados pelo transporte coletivo. Não haverá conflito entre ônibus e carros, devido que serão duas pistas exclusivas para ônibus e pistas exclusivas para carros, não afetando a mobilidade das vias.
O Terminal Urbano comporta a atual operação do transporte coletivo, bem como comporta a futura operação com mais três vagas, contemplando um total de até 11 vagas simultâneas de ônibus. E a segurança é mantida devido que a largura das vias laterais comportam até a passagem de ônibus, visto que foram inicialmente realizados inúmeros testes realizado pelo Executivo à época, pesquisa de opinião pública, 02 audiências públicas + as audiências públicas realizadas nos bairros, todos projetos aprovados pelos bombeiros e demais órgãos, a tudo registrado”
Audiência pública
O município de Pato Branco realizou a audiência pública referente ao Terminal Urbano no dia 2 de fevereiro. Na ocasião, foram evidenciados percalços e impactos negativos que a construção causaria para a região central do município, além de apresentar a possibilidade da não implantação do terminal na região central, onde a construção está sendo finalizada, para implantar mini terminais em alguns pontos de Pato Branco. Até o momento, R$ 3 milhões já foram gastos na construção do Terminal Urbano.
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