“A autoconstrução, que já perde fôlego com o crescente endividamento das famílias, continua tendo um papel importante na comercialização da commodity. A preocupação central da indústria do cimento é com o significativo aumento do custo de produção, aliado à inflação que corrói a renda do consumidor”, comenta.
O coque, maior custo da indústria, que em 2020 aumentou 125%, já registra um acréscimo de 72% em 2021, segundo Penna. Outros insumos como energia elétrica, frete, sacaria, gesso e refratários também registram forte incremento de preços, segundo ele.
No acumulado do ano (janeiro a agosto) foram vendidas 43,4 milhões de toneladas, aumento de 11,4% comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o sindicato, o desempenho da indústria até agosto, no entanto, registra uma perda de 2 pontos porcentuais em relação ao acumulado até julho, reduzindo ganhos de 13,4% para 11,4%, o que indica arrefecimento.
“Conforme demonstram os principais indicadores, as vendas de materiais de construção, particularmente do cimento, começaram a perder fôlego em virtude da menor renda da população, crescente endividamento das famílias, alto nível de desemprego, diminuição do auxílio emergencial e elevação das taxas de juros e inflação”, informa o sindicato.
Do lado positivo, a continuidade das obras e das vendas imobiliárias continuam sendo as principais razões e vetores de consumo do produto. Outro fator percebido foi uma leve melhora na demanda do insumo pelas obras de infraestrutura.
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