Após a denúncia, Pazuello nomeou o amigo como assessor especial, cargo que ocupou de junho do ano passado a março de 2021. De acordo com Soligo, ele conheceu Pazuello durante sua atuação na Operação Acolhida. Sobre sua chegada ao ministério, ele afirmou que inicialmente foi convidado para ser assessor por dez dias pelo então ministro Nelson Teich, que logo saiu do ministério, quando Pazuello assumiu e o nomeou.
Soligo declarou que quando chegou à pasta, sua função não era de “especialista de saúde”, mas de interlocução, atuando de forma institucional na relação com o Congresso Nacional e com os municípios. Questionado, disse se sentir preparado para o cargo. “Sinto que estava preparado para essa função”, disse. “Nunca vi um secretário municipal estadual me condenar, diziam inclusive que eu ajudava”.
Destacando sua atuação no Parlamento, o depoente afirmou que “muito mais que um empresário”, ele se considerava um servidor público. Cascavel disse que dedicou mais da metade da sua vida ao serviço público. “Fui prefeito municipal aos 24 anos, fui deputado constituinte, presidente da Assembleia Legislativa do meu Estado, vice-governador, presidente do conselho deliberativo do Sebrae, presidente da companhia de desenvolvimento, deputado federal pelo PPS, e na Câmara, fui presidente de duas comissões”, declarou, afirmando ter exercido todos esses cargos pelo seu Estado, Roraima.
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