Guedes disse que assistiu com “muita tristeza” a redução da participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nas últimas décadas. “A forma de uma indústria ficar viva era conseguir uma proteção em Brasília e dividir com seus sindicatos o butim contra a sociedade brasileira. Enquanto havia uma exploração do consumidor, a indústria foi esmagada de 35% para 11% do PIB, quando ainda poderíamos ter de 20% a 25% do PIB”, completou.
Mais uma vez, o ministro elencou as medidas tomadas pelo governo durante a pandemia de covid-19 e defendeu a vacinação em massa da população para o retorno seguro ao trabalho. “O Brasil está em guerra contra o vírus, não podemos nos enganar sobre isso”, repetiu.
Ele repetiu que a abertura comercial do Brasil ocorrerá de forma gradual, com a aprovação de medidas de competitividade antes de uma abertura total. Citou a aprovação de novos marcos de cabotagem, energia e gás. “Nós não vamos derrubar a indústria brasileira em nome da abertura comercial”, afirmou.
Guedes destacou a necessidade de revisão dos impostos sobre o setor produtivo. “A agroindústria brilha no mundo também porque setor tem ‘ausência de tributação'”, acrescentou.
Para o ministro, o futuro da economia passa pelos serviços digitais. Mais uma vez, ele defendeu a criação de um polo digital no meio da Amazônia brasileira, semelhante ao Vale do Silício nos Estados Unidos, para atrair as grandes bigtechs estrangeiras. “É preciso isenção tributária de 20 anos a companhias externas e brasileiras com sede na Amazônia. Manaus tem que ser capital mundial da economia verde. O futuro é verde e digital, temos que redesenhar modelo na Amazônia”, acrescentou.
Invasão
A participação do ministro da Economia no evento realizado pela Coalizão Indústria chegou a ser invadida por internautas estrangeiros. A fala do ministro foi sobreposta por músicas e gritos em outras línguas – nomes em alfabeto cirílico apareceram nas telas, no evento transmitido por meio da plataforma Zoom.
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