O Waco CSO “verdinho” foi cedido pela fundação ao Museu da TAM, que está fechado ao público desde 2016. O acervo, incluindo o avião constitucionalista, está guardado em um galpão da empresa em São Carlos.
O plano é montar o memorial no antigo Aeroclube de Mogi, onde se deu um dos episódios marcantes da revolução – o bombardeio do campo de aviação inimigo, com a destruição de cinco “vermelhinhos”, os aviões federais. Isso aconteceu após Mogi Mirim ser tomada pelas tropas legalistas que invadiram São Paulo pelo front leste. Em represália, a esquadrilha federal bombardeou Campinas. Da aviação federal da época também restou um único exemplar, um Waco exposto no Museu da Aeronáutica do Rio de Janeiro.
De acordo com o diretor do Conselho Municipal de Turismo de Mogi, Sebastião Zoli Junior, a ideia é aproveitar um hangar do antigo Aero Clube. “O plano é expor o avião ao lado do acervo que já temos sobre a Revolução de 32, como peças de artilharia, bombas, uniformes e algumas armas”, disse. O hangar está hoje ocupado pelo Corpo de Bombeiros.
O memorial passará integrar o circuito turístico da Revolução de 32 que inclui, ainda, a estação ferroviária, onde passava o trem blindado dos paulistas – inaugurada em 1875 por D. Pedro II. Também faz parte do circuito o bunker de 32, um abrigo subterrâneo usado como refúgio e depósito de munição.
Foi o turismólogo da prefeitura de Mogi, Ed Alípio, quem encontrou o último dos “Gaviões”. O avião é do mesmo modelo daqueles que participaram do ataque aos federais em 20 de setembro. Ele está pintado na cor que tornou conhecidos os ‘verdinhos’ paulistas. O Waco CSO era equipado com metralhadora e porta-bombas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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