A partir do dia 17, serão liberados, sem restrição de público, feiras corporativas, convenções, congressos, exposições em museus e eventos sociais, como casamentos, jantares, festas de debutantes e formaturas. O uso de máscara, o distanciamento mínimo de um metro e a adesão aos protocolos de higiene continuam obrigatórios. A testagem dos participantes não será exigida, mas os eventos poderão ser multados caso ocorram aglomerações.
Casas de shows que abram como restaurantes ou de outras formas autorizadas pelo Plano São Paulo serão permitidas, desde que seja possível estabelecer o distanciamento entre o público. Diretrizes específicas foram criadas para festas realizadas em buffet, entre elas, a proibição de pistas de danças e o espaçamento de um metro entre as mesas.
Continuam proibidos os shows de médio e grande porte, as competições esportivas com público e as festas em casas noturnas. A fiscalização dos eventos será, em maior parte, responsabilidade das instâncias municipais de vigilância sanitária. Porém também estão previstas frentes de fiscalização compostas pela vigilância sanitária estadual em parceria com o Procon e as polícias Civil e Militar.
O anúncio da retomada ocorreu após a realização do primeiro de 30 eventos-teste que devem ocorrer no Estado até o final do ano. Entre os dias 21 e 22 de julho em Santos, cidade no litoral do Estado, a Expo Retomada reuniu cerca de 1.500 pessoas com o objetivo de analisar a viabilidade das feiras corporativas seguindo protocolos sanitários. Segundo nota da pasta estadual de Desenvolvimento Econômico, dois entre os testados tiveram resultados positivos e não puderam acessar o evento, eles receberam recomendações de saúde e foram orientados a se dirigirem a um hospital de referência.
O uso de máscara foi obrigatório, assim como o distanciamento de um metro e a realização de testes rápidos na entrada do evento, junto com a aferição de temperatura. Os participantes serão monitorados até o fim da próxima semana.
Flexibilização no comércio e serviços
A partir de 1° de agosto e até dia 16, o Estado está em fase de transição. Neste período, os comércios, serviços e espaços religiosos podem funcionar entre às 6h e 0h, com ocupação de até 80% da capacidade. Na fase anterior, o limite permitido era de 60%, com horário máximo de funcionamento até 23h.
Durante essa etapa, o acesso de clientes a shoppings, galerias, lojas de rua e restaurantes deve ser interrompido às 23h, com atendimento permitido por mais uma hora.
O governo prevê o início de uma nova fase, nomeada “retomada segura”, no dia 17. A expectativa é encerrar as restrições de horário e liberar a capacidade total dos estabelecimentos. Em comunicado à imprensa, a gestão estadual esclarece que as prefeituras terão autonomia para determinar a rigidez das restrições levando em conta o cenário local da pandemia e possíveis pioras da capacidade hospitalar.
Ao longo de ambas as fases, transição e retomada, o uso de máscara continua obrigatório em ambientes de acesso público, assim como o distanciamento mínimo de um metro e o respeito aos protocolos de higiene.
Queda nas internações em UTIs
Nesta segunda-feira, 2, pela primeira vez em 2021, o Estado registrou taxa de ocupação de menos de 50% das UTIs destinadas ao tratamento de pacientes com covid-19. No pior momento da pandemia, durante a segunda onda, a lotação chegou a superar 92% e, diante da sobrecarga dos hospitais, municípios paulistas tiveram mortes de pacientes à espera de leitos de terapia intensiva.
O mês de julho também teve redução de 49% na média diária de novos óbitos em relação às registradas no pico da pandemia, em abril. Em comparação com o mesmo período, a redução de novos casos foi de 22%.
Segundo informações do Vacinômetro, até o momento, o esquema vacinal completo foi aplicado em 23,16% da população do Estado. Com apenas a primeira dose, estão 80,17% dos adultos.
Devido ao avanço da imunização, a tendência de alívio nos hospitais também tem sido notada no resto do País. O avanço da variante delta, porém, tem colocado especialistas e autoridades em alerta. Considerada mais transmissível, ela tem freado planos de reabertura no exterior, em países como os Estados Unidos. Na cidade de São Paulo, até o momento, 22 casos da mutação já foram confirmados.
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