Uma animação de western, a ligação do garoto pele-vermelha com o cavalo selvagem. Realizado por um casal de diretores, Kelly Asbury e Lorna Cook, o filme beneficiava-se das novas tecnologias. A par das amplas panorâmicas que descortinavam a beleza das paisagens do Oeste, eram impressionantes os movimentos que a câmera descrevia para, partindo do alto, se colar às patas dos cavalos para filmar as cavalgadas. Uma nova versão – um reboot? – da história de Spirit, pela DreamWorks, chegou às salas dos cinemas na quinta, 10. É inovadora. Assinada por uma mulher, Elaine Bogan, adota o ponto de vista feminino. Boa parte da equipe é de mulheres.
Começa num circo, com a apresentação de um número arriscado. A artista realiza prodígios no lombo do cavalo, mas ocorre um acidente e ela morre, deixando órfã a menininha que segue a apresentação com o pai. A perda dolorosa o leva a fechar-se. A menina é criada em segurança pelo avô, mas é traquinas. Outro tipo de acidente a devolve ao convívio com o pai. No trem, a atenção de Lucky Prescott – seu nome – vai para o corcel indomável que corre paralelamente ao cavalo de ferro.
O novo Spirit é só O Indomável. Na trama, um grupo de malfeitores consegue prender a cavalhada liderada pelo corcel. Os animais serão vendidos. A menina ganha ajuda de duas amiguinhas para, montada em Spirit, atravessar um território inóspito e libertar os cavalos. A mesma história, mas diferente. De novo as gruas e panorâmicas que descortinam o território do alto. Spirit segue indomável, Lucky tenta a aproximação. Elaine coloca a câmera rente ao chão. Dois passinhos para lá, dois para cá. Lucky e Spirit realizam uma espécie de dança, até que ele aceite ser montado. Não deixa de ser uma linda história de afeto. A menina e o pai, a menina e o corcel. No fecho, Lucky toma uma posição que mostra que amadureceu. Vale a pena participar dessa aventura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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