Sudoeste do Paraná registra fenômeno da “chuva preta”

Entre a noite de quinta-feira (12) e a manhã deste sábado (14), diversas cidades do sudoeste do Paraná registraram o fenômeno conhecido como “chuva preta”. De acordo com os meteorologistas do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a ocorrência já havia sido prevista no início da semana, com base nas condições atmosféricas da região.

Imagens divulgadas mostram a água da chuva com uma coloração mais escura, um dos sinais típicos da chuva preta, que é resultado da fumaça proveniente das queimadas que têm afetado o céu do Paraná nos últimos dias.

Causas da chuva preta

Segundo o meteorologista Samuel Braun, a chuva preta ocorre quando há uma alta concentração de fuligem e partículas de poluentes na atmosfera. Essas partículas, frequentemente associadas a queimadas, são “lavadas” pela chuva, que as transporta para a superfície, resultando em uma precipitação com tonalidade mais escura do que o normal.

“Normalmente, a chuva tem o efeito de ‘lavar a atmosfera’, removendo poluentes. Quando há uma grande quantidade de fuligem no ar, a água da chuva fica mais escura”, explica Braun.

Monitoramento do Simepar

Apesar da ocorrência recente, o Simepar informa que as estações meteorológicas do Paraná não possuem registros históricos suficientes para confirmar se a chuva preta já aconteceu anteriormente no estado. Contudo, o fenômeno tem sido cada vez mais observado em diversas regiões do Brasil, especialmente em locais próximos a áreas de queimadas intensas.

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Impacto das queimadas e da chuva preta

O aumento das queimadas na Amazônia, Cerrado e áreas da Bolívia, bem como as queimadas registradas em todo o estado do Paraná, tem contribuído significativamente para o acúmulo de partículas de fumaça no ar, impactando a qualidade do ar no Paraná e em outros estados. Além da poluição, o fenômeno pode ter consequências para o abastecimento de água e a saúde pública, pois a água da chuva contaminada pode afetar reservatórios e superfícies expostas.

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