Sudoeste volta a ter saldo positivo na geração de emprego

Região que viu em dezembro de 2022 o encolhimento de mais de 2,3 mil postos de trabalho formal, voltou a ter mais contratações do que desligamentos de trabalhadores no primeiro mês deste ano

Puxado pelos indicadores de Pato Branco, que teve saldo positivo de 287 postos de trabalho em janeiro de 2023, e de Palmas, que registou o segundo melhor desempenho regional com 264 postos de saldo, o Sudoeste voltou a registrar mais contratações do que desligamentos de trabalhadores formais. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nessa quinta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

Dos 42 municípios da região, 31 tiveram saldo positivo, e 11 negativo, na geração de emprego formal.

Destaques regionais, os dois municípios ainda figuram na lista estadual dos municípios que mais geram emprego em janeiro. O ranking é liderado por Londrina, com 842 vagas e conta ainda com Pinhais (776), Toledo (591), Cascavel (556), Curitiba (497), São José dos Pinhais (390), Foz do Iguaçu (310), Maringá (297), Pato Branco (287) e Palmas (264).

No caso de Palmas, o saldo positivo ocorreu após uma longa sequência de negatividade nos índices em 2022. Contudo, vale lembrar que no primeiro mês do ano passado o município foi o maior gerador de postos de trabalho, naquela ocasião 401 vagas, sendo impulsionado pelos postos de trabalho gerados pelo setor agropecuário, que naquele momento empregou 281 trabalhadores com carteira assinada.

Da mesma forma, o setor agropecuário foi o que mais empregou em janeiro deste ano em Palmas. Foram 311 trabalhadores contratados, muitos deles para a colheita da maçã.

No entanto, as semelhanças param por aí. Enquanto a construção civil e a indústria tiveram saldo positivo no ano passado, neste ano, os dois segmentos tiveram desempenhos inferiores, assim com comércio e serviços.

Pato Branco

Quarto melhor desempenho regional no mês de janeiro de 2022, Pato Branco figura como o melhor saldo positivo no mesmo período em 2023.

Se no primeiro mês de 2022 o saldo foi de 85 carteiras assinadas, o mais recente dado do Caged apresenta uma recuperação na empregabilidade local, com 287 trabalhadores inseridos no mercado de trabalho, frente as demissões. Em números gerias foram 1.996 admissões e 1.709 desligamentos.

O setor que mais contratou foi o da indústria (590), contudo, foi o terceiro que mais demitiu (465), fechando assim o mês com saldo de 125 carteiras assinadas, o que deixou o segmento na segunda colocação no ranking municipal de empregabilidade.

O primeiro lugar do ranking, ou seja, o setor que mais teve contratações frente as demissões, foi a construção civil, que atingiu saldo de 193. Foram 343 admitidos e 150 desligados.

Com saldo de 47 carteiras assinadas, o setor de serviços, fecha a lista dos setores com saldo positivo no mês. A grande rotatividade no grupo de trabalho pode ser observada pelo contingente de contratações (545) e de desligamentos (498).

No mês, os indicadores negativos firam por conta do comércio com -50 postos de trabalho, uma vez que foram 481 admissões

e 531 demissões. Já na agropecuária, o saldo foi de -28, resultado de 37 contratações e 65 desligamentos.

Ano

Como de esperar, uma vez que o desempenho do mês de janeiro de 2023 foi melhor do que o mesmo período do ano passado, o acumulado do ano, ou seja, de fevereiro de 2022 a janeiro de 2023, também mostra uma recuperação do saldo de trabalho foram.

Nos últimos 12 meses, os 42 municípios do Sudoeste totalizaram 5.909 postos de trabalho.

Paraná

O Paraná abriu o ano com 6.369 novas vagas de emprego com carteira assinada.

O saldo do mês é resultado da diferença entre as 145.339 admissões e 138.970 demissões no período.

O saldo de vagas no acumulado dos últimos 12 meses, entre fevereiro de 2022 e janeiro de 2023, é de 103.977 no Paraná, o melhor resultado da região Sul no período. Com isso, o estoque de empregos formais do Estado é atualmente de 2.929.486 postos.

Em se tratando de setor, a área de serviços respondeu por sete em cada 10 vagas abertas em janeiro, com saldo de 4.427 novos empregos no período. A construção civil vem na sequência, com 3.502 vagas, seguido pela indústria (1.894) e agropecuária (624). O comércio teve saldo negativo no mês de -4.078 vagas.

Brasil

No Brasil, o saldo foi de 83.297 postos de trabalho formais, sendo que 16 das 27 unidades da federação fecharam o mês com resultados positivos.

No mesmo mês do ano passado, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura de emprego formal caiu em janeiro de 2023, por causa da desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas temporárias no comércio. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

Apesar da desaceleração em relação a janeiro do ano passado, houve melhora em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.