“É importante abrir o Festival de Locarno, sobretudo com um filme que a gente apoiou desde o princípio”, diz Teixeira. “Foi o Luca Gudagnino (diretor de ‘Me Chame Pelo Seu Nome’ e um dos produtores de ‘Beckett’) que nos chamou para fazer parte desse filme do Ferdinando Cito Filomarino. John David Washington está muito bem no papel.”
Na conversa com o Estadão, Teixeira usa a expressão “um filme diferente, comercial”, para definir Beckett, traduzindo em adjetivos uma narrativa que não se abraça a radicalismos, nem renova cartilhas. O que Ferdinando Cito Filomarino dá a Locarno é uma aula de tensão, fiel a convenções que Hitchcock testou e o público aprovou.
Em sua disputa por prêmios, Locarno tem ficção científica sobre UFOs (o espanhol Espíritu Sagrado), comédia policial contra homofobia (Cop Secret, da Islândia) e até fantasia, que é o caso do esperadíssimo Paradis Sale, de Bertrand Mandico. Há já uma torcida para La Place D’Une Autre, de Aurélia Georges, uma das promessas francesas na direção. E um doloroso estudo sobre a desagregação familiar: Petite Solange, de Axelle Ropert, também da França.
Fora das seções competitivas, a Piazza Grande, a praça principal de Locarno, acolhe estreias de potenciais sucessos populares como Free Guy, com Ryan Reynolds em um mundo de videogame; o thriller criminal Ida Red, de John Swab, com Melissa Leo controlando uma organização criminosa do interior de uma prisão.
Na seção das retrospectivas, Locarno relembra a obra do diretor italiano Alberto Lattuada (1914-2005), que saiu premiado no Festival de Veneza, em 1947, por Delito, e assinou Mulheres e Luzes (1950), ao lado de Federico Fellini.
Locarno termina no dia 14, com a exibição de Respect, da diretora Liesl Tommy, no qual Jennifer Hudson vive a cantora Aretha Franklin.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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