Talisson dominou a prova quase inteiramente. Uma das provas mais longas da natação paralímpica, o nadador precisa dosar os esforços, e, mesmo assim, Talisson virou a primeira piscina em primeiro. Na metade da prova, Fantin conseguiu ultrapassá-lo, mas Talisson recuperou a liderança nos 300m – os dois estavam bem à frente dos demais.
No quarto final, Talisson não só manteve como aumentou a vantagem para o italiano, colocando quase meio corpo de vantagem. O brasileiro levou o ouro com o tempo de 4min54s42, enquanto Fantin ficou com a prata com o tempo de 4min55s70. O bronze foi para o russo Viacheslav Lenskii.
Natural de Joinville (SC), Talisson tem 26 anos e perdeu a perna e o braço esquerdos ao ser atropelado por um trem. Ele começou no esporte paralímpico em 2010, com 15 anos e já conquistou medalha de ouro em Mundiais e Parapan-Americanos. No Rio-2016, conseguiu medalha de bronze nos 200m medley S6.
Foi a terceira medalha de bronze de Talisson em Tóquio – as anteriores foram de bronze, no revezamento 4x50m livre misto 14 pontos (ou seja, a soma das classes dos atletas tem que dar 14), ao lado de Daniel Dias, Joana Neves e Patrícia Pereira e nos 100m livre da classe S6.
Na mesma prova versão feminina, chamou a atenção a quebra do recorde mundial: a chinesa Yuyan Jian baixou a marca anterior em oito segundos. A ucraniana Yelyzaveta Mereshko, medalha de prata, também nadou abaixo da marca anterior, embora tenha chegado bem depois de Jian. O bronze ficou com Nora Meister, da Suíça, e Laila Abate, do Brasil, foi a 7ª colocada.
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