A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro de 2024, marcando uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao período de junho a agosto de 2024 (6,6%) e uma queda significativa de 1,4 p.p. em comparação ao mesmo período de 2023 (7,5%). Este é o menor índice já registrado pela série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
Redução no Contingente de Desocupados
A população desocupada totalizou 6,8 milhões de pessoas, com quedas de 7,0% (menos 510 mil pessoas) no trimestre e 17,5% (menos 1,4 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior. Esta é a menor taxa de desemprego desde dezembro de 2014.
Ocupação Alcança Nível Recorde
A população ocupada chegou a 103,9 milhões de pessoas, um recorde histórico. O crescimento foi de 1,4% (mais 1,4 milhão de pessoas) no trimestre e de 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano. O nível de ocupação também atingiu um recorde de 58,8%, com avanços de 0,7 p.p. no trimestre e 1,4 p.p. no ano.
Queda na Taxa de Subutilização
A taxa composta de subutilização caiu para 15,2%, uma redução de 0,7 p.p. no trimestre e de 2,1 p.p. no ano. Este é o menor índice desde dezembro de 2014 (14,9%). A população subutilizada caiu para 17,8 milhões, o menor contingente desde maio de 2015, com reduções de 3,9% (menos 725 mil pessoas) no trimestre e 11,0% (menos 2,2 milhões) no ano.
Emprego no Setor Privado e Público
O número de empregados no setor privado atingiu 53,5 milhões, um recorde, com crescimento de 1,3% (mais 661 mil pessoas) no trimestre e 4,6% (mais 2,4 milhões) no ano. Entre esses, o total de empregados com carteira assinada também foi recorde, chegando a 39,1 milhões, com altas de 1,3% no trimestre e 3,7% no ano. Já o número de empregados sem carteira cresceu 7,1% (mais 959 mil pessoas) no ano.
No setor público, o número de empregados chegou a 12,8 milhões, um aumento de 5,6% (mais 685 mil pessoas) no ano. Os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, com crescimento de 1,8% no trimestre, enquanto os trabalhadores domésticos totalizaram 6,0 milhões, um aumento de 3,2% no trimestre.
Informalidade em Declínio
A taxa de informalidade foi de 38,7%, equivalente a 40,3 milhões de trabalhadores informais. O índice apresentou uma leve queda em comparação ao trimestre anterior (38,8%) e ao mesmo período de 2023 (39,2%).
Leia também
Suplementação de vitamina D agora é recomendada a toda criança e adolescente
Rendimento e Massa Salarial
O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.285, estável no trimestre e com aumento de 3,4% no ano. A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 332,7 bilhões, um recorde, com crescimento de 2,1% no trimestre e 7,2% no ano.
Análise por Setores
Setores como Indústria Geral (+2,4%), Construção (+3,6%), Administração Pública e Serviços Sociais (+1,2%) e Serviços Domésticos (+3,0%) apresentaram crescimento no trimestre. Em comparação ao ano anterior, setores como Comércio (+3,6%), Transporte (+5,8%) e Informação e Comunicação (+4,4%) também registraram avanços significativos. No entanto, o setor de Agricultura apresentou queda de 4,4% no ano.
Para mais informações sobre o mercado de trabalho, desemprego e dados socioeconômicos, acesse a PNAD Contínua.
Comentários estão fechados.