“Não foi um negócio saudável pra mim. Fiquei com muita raiva, uma raiva incontrolável. No final das contas eu agi da maneira certa e as coisas continuaram dando certo pra mim. Eu não precisava virar para o cara e xingar. Eu não fui criado assim. Do mesmo jeito que eu não sou um ‘mala’, eu não sou um cara desrespeitoso. O cara (Diniz) me conhecia, tinha uma ligação forte, então acho que foi uma coisa desnecessária”, disse em entrevista ao podcast “Podpah”.
A polêmica aconteceu em janeiro, durante a derrota do São Paulo por 4 a 2 para o Bragantino, pelo Brasileirão de 2020. Pouco depois do bate-boca, Tchê Tchê foi expulso da partida por acertar uma cotovelada no adversário. Na ocasião, o time tricolor liderava a competição com seis pontos de vantagem para o segundo colocado. Coincidência ou não, depois desse episódio, a equipe teve uma sequência de péssimos resultados e deixou escapar o título.
Durante a partida, Tchê Tchê perguntou a Diniz porque ele não poderia retrucá-lo, assim como outros jogadores faziam. O técnico começou a gritar e o microfone que captava o som ambiente da partida registrou: “Seu ingrato do c…, seu perninha do c…, seu mascaradinho. Vai se f…”
“Isso fez mal não foi só para mim. Você chegar em casa, todo mundo mal, seu pai te ligar chorando. É totalmente na contramão dos princípios que eu fui criado. Não sou mala, não sou perna, não sou arrogante. Ele (Diniz) foi mal naquilo, ele foi mal”, disse. “Tomou uma proporção que as pessoas em qualquer lugar, diziam: ‘Olha o perninha aí’. Não tem perninha, ‘tio’. Não sou perninha. Tenho postura da hora, seja onde for”, acrescentou.
Tchê Tchê também reclamou da postura do São Paulo, que não se posicionou. “Ninguém me protegeu no clube, ninguém tomou a frente no ‘bagulho’. Simplesmente, ‘ah, aconteceu, é o pai dele’, tá ligado? Eu não tenho pai nenhum no futebol. Eu fiz o bagulho acontecer desde o início. Ninguém fez favor para mim.”
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