O caminhoneiro Zé Trovão e o blogueiro Oswaldo Eustáquio também se mantiveram no Telegram enquanto eram procurados pela Polícia Federal. O serviço fez acender o alerta de autoridades que investigam a disseminação de fake news. Além de permitir a entrada de mais integrantes por grupo do que o WhatsApp, o Telegram admite a atuação de robôs e, por não ter representação no Brasil, é difícil submetê-lo às leis brasileiras.
O Telegram tem sido um refúgio para bolsonaristas e se tornou importante canal de comunicação dos Bolsonaros. O presidente ultrapassou 1 milhão de seguidores na plataforma. Banido do Twitter, do Facebook e do YouTube, Santos migrou para o Telegram, onde tem mais de 120 mil seguidores. A apoiadores, ele pede doações de US$ 10 por meio de um site registrado no exterior. A abertura do site se deu após a suspensão do canal Terça Livre e da ordem de prisão expedida contra ele. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou prendê-lo em 5 de outubro. A página foi criada no dia 16.
‘ILEGAL’
A desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, disse que a estratégia de hospedar sites em servidores do exterior é um artifício comum quando se deseja fugir do ordenamento jurídico com conteúdos ilegais. “Essa é a metodologia escolhida por aqueles que sabem que o conteúdo é ilegal. Mas os tribunais têm entendido que o Brasil tem jurisdição para julgar condutas criminosas, ainda que o site esteja hospedado em outro país, se o conteúdo atinge resultado aqui.”
Procurado, Allan dos Santos não se manifestou. Em seus canais, diz ser “perseguido”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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