Powell, contudo, reforçou que o mercado de trabalho está se recuperando de maneira mais lenta do que a produção. Segundo ele, ainda é cedo para concluir se o recente aumento no auxílio-desemprego, aprovado no âmbito do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, teve algum efeito na desaceleração do emprego.
No depoimento, Powell elogiou os testes de estresses climáticos implementados pelos BCs europeus e disse que a autoridade americana pode decidir fazer o mesmo, mas ainda não tomou uma decisão final. O presidente do Fed disse que são precisos dados mais claros sobre os riscos que as mudanças climáticas implicam ao sistema financeiro.
Estímulos monetários
Jerome Powell, foi questionado por senadores republicanos sobre se o atual nível de estímulos da autoridade monetária estaria contribuindo para a escalada da inflação nos Estados Unidos. Durante depoimento, Powell evitou responder diretamente, mas disse que a instituição irá reavaliar, na próxima reunião, se os “progressos substanciais” na economia necessários para a retirada da acomodação monetária foram alcançados. Segundo ele, ainda há um nível considerável de desemprego no país.
Powell também não quis dizer se as propostas de democratas para um política fiscal expansionista impulsiona as métricas inflacionárias. “Cabe ao Congresso decidir sobre a política fiscal”, afirmou.
Inflação
O presidente do Federal Reserve garantiu que a economia dos Estados Unidos não terá um “período prolongado de inflação alta”, porque a autoridade monetária tem instrumentos necessários para contê-la. Powell reiterou confiança nas ferramentas do Fed para lidar com a escalada inflacionária, mas defendeu que elas não devem ser utilizadas antes de haver um entendimento claro sobre se o aumento dos preços recentes é temporário ou duradouro. O banqueiro central assegurou que a instituição “agirá apropriadamente” se o movimento se mostrar generalizado.
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