Segundo ele, todos os cenários traçados pelo Tesouro – otimista, base e pessimista – colocam o estoque da dívida em valor muito próximo ao centro deste intervalo, o que dá confiança aos técnicos de que a meta será cumprida.
Para Ladeira, a revisão do PAF não altera a estratégia que já vem sendo adotada nas emissões em 2021, mas sim mantém a atual condução, com maior concentração na colocação de papéis atrelados à Selic e à inflação, que têm prazos maiores que os prefixados. “Essa estratégia se mostrou melhor que a prevista no PAF em janeiro”, disse, no dia em que o Tesouro revisou os intervalos previstos para cada tipo de papel na composição da DPF.
Segundo o subsecretário, com as condições de demanda do mercado de janeiro a maio, o Tesouro já vem privilegiando as emissões de LFTs (atreladas à Selic) e das NTN-Bs (remuneradas pela inflação), em detrimento das LTNs prefixadas de prazo mais curto.
A procura tem sido tão substancial que o Tesouro já emitiu em LFTs mais de 90% do observado em todo o ano passado para esse papel. No caso da NTN-B, as emissões já ultrapassaram 100% do colocado em 2020.
“Reduzimos a concentração da dívida no curto prazo, o que é positivo”, disse o subsecretário, ressaltando que a perspectiva de emissões de LTNs prefixadas de prazo mais longo ficou praticamente inalterada.
Ladeira ressaltou ainda que a primeira versão do PAF, embora divulgada em janeiro deste ano, foi construída entre outubro e dezembro de 2020, ainda sob um ambiente de muita incerteza e sem medidas como desvinculação de fundos e antecipação de pagamentos de bancos públicos – que, juntas, devem render R$ 247 bilhões em ingressos no caixa do Tesouro.
Comentários estão fechados.