O Instituto Holandês de Saúde e Meio Ambiente (RIVM) “detectou a variante Ômicron em dois testes feitos no país em 19 e 23 de novembro, afirmou a instituição em um comunicado. Até agora se pensava que os primeiros casos de Ômicron na Holanda eram os 14 positivos que desembarcaram em Amsterdã em dois voos procedentes da África do Sul em 26 de novembro.
O anúncio sugere que a variante já havia chegado à Europa antes que a Organização Mundial da Saúde a rotulasse, na sexta-feira passada, 26, a nova cepa como “preocupante”, levando países ao redor do mundo a entrarem em uma corrida para proibir voos do sul da África, onde os pesquisadores primeiro a identificaram.
De acordo com o ministro da saúde holandês, Hugo de Jonge, ainda não está claro se as amostras infectadas coletadas pertencem a pessoas que estiveram recentemente no continente africano. O resultado dessa investigação pode ter impactos sobre o que sabemos sobre a origem da variante e sobre o contágio local pela nova cepa em território europeu.
“Serão realizados estudos para determinar a distribuição da variante Ômicron na Holanda”, explicou o instituto, que vai examinar novamente amostras anteriores ao início das buscas pela cepa.
Com 16 casos confirmados, o país é um dos mais afetados pela variante Ômicron na Europa. Os 14 casos que chegaram a Amsterdã estão atualmente em quarentena.
Embora pouco se saiba ainda sobre o quanto a Ômicron é transmissível, ou se ela pode escapar das vacinas existentes, sua descoberta em Botswana e na África do Sul criou o momento de maior incerteza na pandemia desde que a variante Delta, altamente contagiosa, surgiu. O anúncio da Holanda também destacou que os cientistas ainda não podem dizer com certeza onde ou quando a variante se originou.
Autoridades de toda a Europa temem que a Ômicron aumente a pressão sobre os países que já estão sofrendo alguns dos piores surtos de coronavírus que já registraram. O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças disse na terça-feira que, até o momento, 42 casos da nova variante foram confirmados em 10 países europeus.
Andrea Ammon, diretora da agência, disse em uma entrevista coletiva que todos os casos confirmados na Europa tiveram sintomas leves ou mesmo nenhum, e que as autoridades estão analisando seis outros casos “prováveis”. Ammon também afirmou que autoridades de saúde estão conduzindo testes adicionais em pessoas que se recuperaram de quadros causados pela Ômicron para avaliar como a variante se comporta em pessoas vacinadas, e que mais informações são esperadas em “algumas semanas”. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
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