A informação de que ele não comunicou o retorno ao país foi confirmada pela advogada Gabriela Manssur nas suas redes sociais na manhã desta segunda-feira, 26. Ela, que atua acompanhando as vítimas por meio do projeto Justiceiras, confirmou ter solicitado a prisão preventiva de Brennand e que o processo deve ser encaminhado ao Ministério Público para manifestação a respeito desse pedido.
O empresário ganhou as páginas dos noticiários depois de ser flagrado por câmeras de segurança agredindo a modelo Helena Gomes em uma academia dentro de um shopping center em São Paulo. O caso foi revelado pelo programa Fantástico, da TV Globo. Desde então, várias outras mulheres sentiram-se encorajadas a denunciar Brennand por crimes dos quais foram vítimas.
A possibilidade de decretação da preventiva do empresário já fora apontada na decisão que determinava seu retorno ao Brasil. A ordem, assinada pela juíza Érika Soares de Azevedo Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, obriga Brennand a se apresentar em juízo todos os meses, pedir autorização para sair do país e veda que ele frequente quaisquer academias em todo o território nacional.
A assessoria de imprensa do MP disse ao Estadão que não pode repassar informações mais detalhadas do caso por causa do segredo de justiça. Contudo, até a publicação desta reportagem, não havia ordem prisional em nome de Brennand no site do Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Nesta segunda-feira também começaram a ser ouvidas pelo MP de São Paulo as primeiras vítimas. Além de Manssur, o escritório Janjacomo Advogados também assessora mulheres que foram agredidas pelo empresário.
COM A PALAVRA, THIAGO BRENNAND
A reportagem entrou em contato com os dois escritórios que hoje representam Thiago Brenannd – Carlos Barros & Gustavo Rocha Advocacia Criminal, em Recife, e Alves de Oliveira & Salles Vanni Sociedade de Advogados, em São Paulo. Contudo, até a publicação desta reportagem, não obteve resposta. A palavra está aberta.
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