Os dois também se cruzaram na primeira rodada do US Open, em Nova York, no ano passado, e Thiago Monteiro fez então uma ótima partida e chegou a vencer um set ao longo de um duelo de três tie-breaks. O placar em favor de Felix Auger-Aliassime foi de 3 a 1 – com parciais de 6/3, 6/7, 7/6 e 7/6.
A dificuldade do tenista brasileiro no entanto será o fato de não ter feito qualquer preparatório para Wimbledon, enquanto que o canadense chegou à final do ATP 250 de Stuttgart, na Alemanha, onde só perdeu para o croata Marin Cilic, e fez semi no ATP 500 de Halle, também em solo alemão, na semana anterior, depois de eliminar o suíço Roger Federer.
Caso surpreenda Felix Auger-Aliassime, Thiago Monteiro poderá então enfrentar o veterano francês Jo-Wilfried Tsonga, que começa diante do sueco Mikael Ymer. Nesse quadrante está ainda o canhoto francês Ugo Humbert, inesperado campeão em Halle, que faz a sua primeira partida contra o australiano Nick Kyrgios.
O número 1 do Brasil disputará Wimbledon pela terceira vez. Entrou diretamente na chave em 2017 e passou uma rodada, caiu logo na estreia do qualifying na temporada seguinte e furou o classificatório em 2019 antes de disputar três sets diante do japonês Kei Nishikori, então 7º do mundo, na estreia.
FEDERER – Se em Roland Garros, em Paris, Roger Federer caiu no mesmo lado de Novak Djokovic e de Rafael Nadal, em Wimbledon a situação é bem diferente. O espanhol sequer foi para o torneio em Londres e o sérvio, atual número 1 do mundo, caiu no outro lado da chave, deixando o veterano suíço como o único representante do “Big 3” na parte de baixo dela.
A estreia de Federer será contra o francês Andrian Mannarino, contra quem já jogou seis vezes e venceu todas, duas delas na grama do All England Club, nas quais o suíço passou sem sustos em sets diretos. O ex-número 1 do mundo perdeu apenas um dos 16 games que disputou contra seu primeiro oponente em Wimbledon.
Embora esteja em um momento de dúvidas sobre o que pode fazer na competição, o suíço teve um sorteio interessante e seu maior obstáculo para chegar às oitavas é o local Cameron Norrie, cabeça de chave 29. Mesmo nesta fase o espanhol Pablo Carreño Busta e o italiano Lorenzo Sonego parecem não ser ainda um enorme desafio para Federer.
Só mesmo se chegar nas quartas é que o suíço terá trabalho, podendo então encarar o russo Daniil Medvedev, segundo pré-classificado, que tem uma estreia complicada contra o alemão Jan-Lennard Struff. O número 2 do mundo ainda pode cruzar com o jovem espanhol Carlos Alcaraz na segunda rodada, com o croata Marin Cilic na terceira e com o búlgaro Grigor Dimitrov nas oitavas.
O caminho parece também muito promissor para que Novak Djokovic atinja as rodadas decisivas de Wimbledon, o torneio em que é o atual campeão, já que ganhou o histórico título em 2019 e a competição acabou não sendo disputada na última temporada devido à pandemia do novo coronavírus.
O campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros terá curiosa estreia diante do convidado britânico Jack Draper, canhoto de 19 anos que foi uma surpresa em Queen´s na semana passada. Caso mantenha o amplo favoritismo, Djokovic pode reencontrar Kevin Anderson em seguida – já ganhou do sul-africano três vezes em Wimbledon, incluindo virada de dois sets atrás em 2015 – e chegar no espanhol Alejandro Davidovich Fokina, cabeça 30. O duelo de oitavas indica o francês Gael Monfils ou o chileno Cristian Garin e as quartas têm o russo Andrey Rublev, finalista em Queen’s no domingo, como principal candidato.
O grego Stefanos Tsitsipas ficou nesse lado superior da chave e assim a recente final de Roland Garros poderá se repetir na semi. Cabeça 3, seu maior resultado na grama de Wimbledon foram as oitavas de 2019. Seu primeiro adversário será o americano Frances Tiafoe e em seguida quem passar do canadense Vasek Pospisil e do espanhol Roberto Carballes Baena.
O bicampeão Andy Murray, que precisou de convite para entrar na chave principal, estreia contra o georgiano e cabeça 24 Nikoloz Basilashvili e, se vencer, pegará então um tenista vindo do qualifying. O canadense Denis Shapovalov e o francês Pierre Herbert são os nomes fortes desse quadrante. A vaga nas quartas inclui ainda o experiente Roberto Bautista Agut e o gigante americano Reilly Opelka.
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