O novo uniforme da equipe contém as formas geométricas características por toda a extensão da camisa. Quando escaneadas pela câmera do celular, o usuário é levado para um site que trata sobre os direitos humanos e o “sportwashing”, estratégia para melhorar a reputação de um país ou lugar, no Catar por causa do Mundial.
“Com isso, esperamos estimular primeiro conversas e depois mais debates. Queremos mais exposição sobre estes temas”, disse Tom Hogli, ex-jogador profissional que se tornou gerente de relações públicas da Tromso IL, durante a apresentação da camisa.
A equipe da primeira divisão vestirá esta camisa única no domingo contra o Viking, na final do campeonato, antes do recesso de inverno. Segundo o Tromso, eles foram o primeiro clube de futebol profissional do mundo a convocar um boicote à Copa do Catar em forma de protesto contra as condições dos trabalhadores imigrantes no país.
A ideia de um boicote vem fazendo sucesso na Noruega, mas uma votação dentro da federação nacional finalmente descartou essa possibilidade, em junho deste ano. Em campo, a seleção norueguesa, que conta com o jovem astro Erling Haaland, do Borussia Dortmund, não conseguiu se classificar.
O Catar, por sua vez, rejeita veementemente essa crítica, observando que reformou sua legislação trabalhista e estabeleceu um salário mínimo. Reconhecendo as reformas introduzidas, a Anistia Internacional no mês passado ao Catar para cessar os abusos contra trabalhadores imigrantes durante as obras para o evento.
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