A equipe olímpica de refugiados cumpre um período de treinamento no Catar, com 26 dos 29 atletas selecionados e 11 membros da comissão técnica. Um treinador teve o resultado positivo para o novo coronavírus nos testes realizados antes da viagem a Tóquio.
“O responsável, que foi imediatamente isolado pelas autoridades públicas do Catar, está assintomático e se sente bem. O mesmo foi vacinado com apenas uma dose e seguiu todas as regras anteriores à sua viagem para o período de treinamento”, informou o COI em um comunicado oficial.
Mesmo assim, o COI decidiu que “a equipe não vai viajar agora para o Japão e vai continuar os seus treinos em Doha, enquanto será testada diariamente”, a fim de serem decididos os “próximos passos”.
Três dos atletas da seleção de refugiados não pode integrar o período de treinamentos em Doha. Dois deles, o judoca Ahmad Alikaj e lutador de tae kwon do Abdullah Sediqi, têm chegada prevista a Tóquio nesta quarta-feira, onde serão acompanhados pelo treinador Alireza Nassrazadany.
O time é para o COI uma mensagem de solidariedade aos 80 milhões de refugiados em todo o mundo. A entidade dá suporte a 55 atletas com status de refugiados reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), sendo que 29 deles foram selecionados para competir em Tóquio.
O time de refugiados vai estar presente em 12 modalidades: atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo, judô, caratê, tae kwon do, tiro, natação, levantamento de peso e wrestling (luta olímpica). Entre os selecionados está o judoca congolês Popole Misenga, que mora no Brasil e pela segunda vez vai ser acolhido pela delegação brasileira. Ele também esteve na estreia nos Jogos do Rio-2016.
A delegação do time de refugiados vai ser a segunda a desfilar na abertura da Olimpíada, no estádio Nacional, em Tóquio, logo depois da Grécia, fundadora dos Jogos na antiguidade. Os atletas refugiados vão competir sob a bandeira do COI e vão escutar o hino olímpico no pódio caso sejam campeões.
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