“É uma equipe jogou que, em menos de 72 horas, jogou 45 minutos com um jogador a menos, com desgaste físico e mental muito forte. A retomada de um padrão normal é muito difícil”, comentou o treinador, referindo-se à expulsão precoce de Gabriel Jesus nas quartas de final, na sexta-feira.
“Os trabalhos que executamos para o jogo também foram muito cuidadosos, e eu estou falando em aspectos físicos, também no aspecto alimentar, na fisioterapia. Toda o estafe de trabalho deu a melhor condição possível de recuperação, mas ela não foi (ideal), porque jogamos com um a menos. Traduzindo em números, a equipe jogou um jogo de futebol e mais 30% de um jogo no último jogo. Ela teve 72 horas para se recuperar, e não há tempo hábil”, argumentou.
Para Tite, o pouco tempo de recuperação entre as quartas e a semifinal também contribuíram para o cansaço dos jogadores, sendo que boa parte deles vem de uma temporada cheia na Europa – as férias só virão ao fim da Copa América.
“Por que estou falando isso? Porque fez um grande primeiro tempo, poderia ter traduzido em gols, não fez. E, com o passar do tempo, a capacidade de enfrentamento, mobilidade se perdeu aos poucos”, comentou o treinador, que guardou elogios para Lucas Paquetá, autor novamente do gol decisivo da seleção. “Ficam meus parabéns ao Paquetá, mas também a toda a equipe, que fez um grande trabalho para que nós tivéssemos o desempenho que teve. O Brasil mereceu. Poderia ter feito um placar melhor, poderia ter traduzido em gols no primeiro tempo, mas não fez.”
O treinador também se mostrou preocupado com o cansaço mental do elenco brasileiro. “Há um desgaste mental muito grande. O (técnico do Uruguai, Óscar) Tabárez coloca de uma maneira muito inteligente, professoral. Ele disse que nesses jogos a gente faz uma maratona mental. E eu acho que ele conseguiu traduzir bastante o que são as pressões e os trabalhos dos jogadores e das comissões técnicas.”
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