Os manifestantes pediam a saída da família Glazer, proprietária do Manchester United. Algumas placas também diziam: “Nós decidimos quando vocês jogam” e “51% MUFC”, lembrando o modelo alemão de gestão, em que torcedores possuem a maioria das ações do clube.
Não houve danos no centro de treinamentos. Os torcedores tiraram fotos com faixas e cartazes e o único pedido foi falar com o norueguês Ole Gunner Solskjaer. O treinador do Manchester United, junto com o diretor Darren Fletcher, o ídolo e assistente técnico Michael Carrick e o meio-campista Nemanja Matic conversaram com os manifestantes antes dos mesmos serem escoltados para fora do local. Nenhuma pessoa foi presa.
O protesto foi motivado pela criação da Superliga. Embora o Manchester United tenha anunciado a desistência do projeto, a torcida do time se mostra incomodada com a direção do clube há alguns anos. A família Glazer, dona também do Tampa Bay Buccaneers, time de Tom Brady e atual campeão da NFL, assumiu o time inglês em 2005.
Há dois dias, após forte pressão da Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), da Fifa e da Uefa, os clubes ingleses decidiram em abandonar a Superliga. “Continuamos comprometidos em trabalhar com outras pessoas em toda a comunidade do futebol para encontrar soluções sustentáveis para os desafios de longo prazo que o futebol enfrenta”, disse o comunicado de desistência do Manchester United.
A competição está suspensa e não há mais previsão para que o projeto seja retomado, embora Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da Superliga Europeia, continue defendendo o projeto.
O Manchester United volta a entrar em campo apenas neste domingo, quando enfrenta o Leeds United, fora de casa, pela 33.ª rodada do Campeonato Inglês. Segundo colocado, a distância para o líder Manchester City é de 11 pontos (77 a 66) e a briga pelo título não parece mais ser prioridade para o clube.
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