A pesquisa aponta que as piores perdas do ciclo ocorreram no segundo trimestre de 2020, quando o turismo nacional chegou a encolher pela metade. Dali em diante, apesar de seguir fechando no vermelho, as quedas tiveram patamares menores do que esses. A queda de 29,1% no faturamento de fevereiro último (R$ 9,35 bilhões) fez com que o setor completasse um ano inteiro contabilizando resultados negativos a cada mês.
A principal área impactada é o setor aéreo, que perdeu 59,6% do seu faturamento. Só em fevereiro, a queda foi de 49,6%, ou seja, a metade do que o setor faturou em fevereiro de 2020, às vésperas da crise. Com uma queda na oferta de assentos, a tendência é que os prejuízos do setor aéreo sigam sendo contabilizados nos próximos meses.
Depois das companhias aéreas, os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, registraram a maior queda no faturamento desde o começo da crise do covid-19, com prejuízo de 41,1%. Em seguida, a concentração do acúmulo de perdas refere-se às atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento cair 32,1% no período.
Perse
Depois de ser aprovado, no Congresso, o projeto de lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), a medida depende apenas da sanção do Executivo para entrar em vigor. A nova regra será essencial para os agentes do turismo nacional, apesar das modificações que o texto sofreu no processo.
O texto em via de aprovação prevê o parcelamento de débitos das empresas dos setores do turismo e de eventos com a Receita, com descontos nos pagamentos e o estabelecimento de alíquota zero para tributos como PIS/Pasep. Uma vez no Perse, as empresas serão enquadradas no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), em que poderão obter crédito com juros de 6% ao ano mais a taxa Selic, por exemplo.
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