O cenário negativo aumentou também o prejuízo do turismo nacional durante a pandemia, e acumula R$ 67,7 bilhões entre março de 2020 e o mesmo mês deste ano. Em meio à crise, o setor perdeu mais de um terço do seu tamanho, cerca de 38,1%. No acumulado de 2021, a retração é de 26,5%.
Seguindo a tendência desde o início da crise sanitária, a retração mais expressiva foi registrada na aviação civil, que encolheu 38,4% no mês. O grupo de alimentação e alojamento (hotéis e pousadas) também segue muito impactado pelas medidas de restrição de circulação e faturaram 20,1% a menos em março deste ano do que naquele mesmo mês de 2020.
Já as atividades culturais, esportivas e de recreação, caíram 19,1% em março, enquanto locadoras de veículos, agências e operadoras turísticas tiveram recuo de 3,5%.
De acordo com o Conselho de Turismo (CT) da Federação, as empresas que alugam carros estão conseguindo remodelar o perfil de negócios, ampliando contratos de assinatura e ampliando-os para outros segmentos. No entanto, as agências estão no patamar mínimo de demanda.
Na contramão das quedas, os segmentos de transportes terrestres, como empresas de viagens interestaduais, intermunicipais e internacionais, e o aquaviário cresceram 4,8% e 3% em março, respectivamente. No entanto, o setor aquaviário, por ter uma participação pequena na composição do faturamento do setor, apresenta um resultado praticamente nulo.
Para a FecomercioSP, os dados negativos indicam um quadro complexo, em que o turismo não consegue encontrar caminhos para iniciar uma recuperação. Considerando a baixa expressiva no faturamento de março do ano passado, quando as pessoas entraram em quarentena, a queda de agora é ainda mais negativa, porque aponta que as atividades turísticas estão piores agora até mesmo do que naquele primeiro momento da crise. Na avaliação da Federação, o setor só terá alguma previsibilidade apenas com a vacinação.
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