Zinchenko foi o grande destaque da partida. O jogador do Manchester City marcou o primeiro gol e achou um cruzamento perfeito para Dovbyk marcar de cabeça o gol da classificação nos instantes finais do tempo extra. Forsberg, camisa 10 e craque dos suecos, teve ótima atuação e fez o gol de sua equipe, mas a Suécia ficou com um a menos na prorrogação e sucumbiu no final.
A seleção ucraniana vai enfrentar nas quartas a Inglaterra, que nesta terça eliminou a Alemanha. O confronto será sábado, às 16 horas (de Brasília), no estádio Olímpico de Roma, na Itália.
No duelo entre as duas únicas seleções cujas cores da bandeira são azul e amarelo, o equilíbrio prevaleceu. As semelhanças entre os dois param nas cores que adotam. As duas equipes não têm jogos espelhados e jogam com modelos diferentes.
Os suecos, que haviam avançado ao mata-mata como líder de seu grupo, contam com jogadores mais técnicos, tiveram menos a bola no primeiro tempo, mas finalizaram mais. Mas os ucranianos são organizados e também têm atletas talentosos, como Yaremchuk, Yarmolenko e o meio-campista/lateral Zinchenko, treinado por Pep Guardiola no Manchester City. Foi dele o primeiro gol da partida.
No lance, Yarmolenko recebeu na ponta da área e lançou de trivela para Zinchenko, que chutou de primeira, com a canhota, e viu a bola morrer no fundo das redes. O goleiro Olsen ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou o gol do time do Leste europeu aos 26 minutos.
A Ucrânia se retraiu demais após o gol e a Suécia passou a ser mais agressiva e chegou ao empate com o craque e artilheiro da equipe, Emil Forsberg, do RB Leipzig. O camisa 10 recebeu de Isak, dominou e soltou a bomba de fora da área. A bola pegou no joelho de Zabarnyi, enganou Bushchan e entrou. Tudo igual aos 42 minutos da etapa inicial. Forsberg é o vice-artilheiro da Eurocopa, com quatro gols. Apenas Cristiano Ronaldo, já eliminado com Portugal, balançou as redes mais vezes.
Na volta do intervalo, o panorama seguiu semelhante, com equilibro em Glasgow e duas bolas na trave, uma para cada lado. Pela Ucrânia, Sydorchuk acertou o poste esquerdo de Olsen aos cinco minutos. Aos dez, a seleção nórdica respondeu com Forsberg, sempre ele. O meia bateu colocado, mas a bola “beijou” o pé da trave esquerda de Bushchan.
Em um jogo de muito estudo, os suecos deixaram o que restava de cautela de lado e foram mais agressivos a partir dos 20 minutos. Um dos melhores em campo, Forsberg acertou a trave mais uma vez aos 23. O camisa 10 passou por dois marcadores e arriscou uma bomba que explodiu no travessão para a sua lamentação. A preocupação em tirar o espaço do adversário, a falta de inspiração e o desgaste físico foram determinantes para que não houvesse mais gols e o jogo foi à prorrogação.
A Suécia seguiu melhor nos primeiros minutos do tempo extra. Mas o cenário mudou depois que Danielsson deixou a sola da chuteira em Besedin. O árbitro italiano Daniele Orsato primeiro apresentou o amarelo. Mas mudou de ideia ao rever o lance no monitor do VAR e mostrou o vermelho ao zagueiro sueco, que deixou sua equipe com um a menos. A Ucrânia insistiu até encontrar o gol salvador nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação.
O herói da classificação foi o atacante Dovbyk. Ele recebeu cruzamento perfeito da esquerda de Zinchenko, se enfiou no meio dos dois zagueiros e cabeceou para as redes.
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