Gritos racistas contra jogadores negros da França foram proferidos da arquibancada onde estavam os ‘ultras’ húngaros em Budapeste no dia 19 de junho. A Uefa também investigou faixas homofóbicas usadas pelos torcedores durante as outras partidas da fase de grupos, contra Portugal e Alemanha.
Em 20 de junho, o órgão que comanda o futebol europeu nomeou “um inspetor ético e disciplinar” para investigar “potenciais incidentes discriminatórios na Arena Puskas em Budapeste”. A investigação foi ampliada após supostos gritos e faixas homofóbicas no duelo Alemanha e Hungria em 23 de junho em Munique.
Na sexta-feira, o órgão de controle, ética e disciplina ordenou a Federação Húngara “que dispute com portões fechados os seus próximos três jogos das competições da Uefa em casa. O terceiro está em suspenso em seu cumprimento, sujeito a um período de teste de dois anos a contar da data da decisão.
Esta sanção não se aplica aos jogos de classificação para a Copa do Mundo de 2022, que são organizados pela Fifa e não pela Uefa, disse a organização sediada em Nyon.
A Federação Húngara também terá que “exibir uma faixa com a expressão #EqualGame, com o logotipo da Uefa na parte superior” nos jogos disputados com portões fechados, afirma o comunicado.
Na fase de grupos da Eurocopa, a Uefa foi criticada por ter vetado as autoridades de Munique, na Alemanha, que iluminassem o estádio Allianz Arena com as cores do arco-íris da comunidade LGBT em protesto contra uma lei húngara considerada homofóbica, por ocasião do jogo Alemanha x Hungria.
A Uefa invocou então uma obrigação de neutralidade política, afirmando que tem um “firme compromisso” na luta contra a homofobia.
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