A Uefa apresentou os quatro “perigos reais” que considera, caso a maior competição do futebol tenha sua periodicidade, atual de quatro em quatro anos, alterada. “A diluição do valor do evento, cuja ocorrência quadrienal lhe confere uma mística com a qual cresceram gerações de torcedores; a erosão das oportunidades esportivas para as seleções nacionais menos poderosas, substituindo jogos regulares por torneios finais; o risco para a sustentabilidade dos jogadores, obrigados a participar em competições de alta intensidade no verão europeu em todos os anos, em vez de intervalos de recuperação mais longos em anos alternados; o risco para o futuro dos torneios femininos, privados de espaços temporais exclusivos e ofuscados pela proximidade dos principais eventos masculinos.”
Desta forma, a Uefa se antecipa à Fifa, que anunciou na última segunda-feira a intenção de realizar uma reunião online no dia 30 para consultar federações sobre o assunto. CBF e AFA (Associação Argentina) estão entre os possíveis participantes.
“Estas são apenas algumas das sérias preocupações que a proposta da Fifa provoca à primeira vista e não podem ser dissipadas simplesmente com ‘slogans’ promocionais sem fundamento sobre os supostos benefícios de um calendário mais extenso”, escreveu a Uefa também no comunicado. “A Uefa e as suas 55 federações membro ainda não receberam uma resposta da Fifa sobre este pedido.”
No início deste mês, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin já havia criticado a tentativa de mudança. “Nós acreditamos que a joia que é a Copa do Mundo deve seu valor a sua pouca frequência. Organizá-la a cada dois anos vai diminuir sua legitimidade e vai infelizmente diluir a própria Copa do Mundo.”
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