Dados da plataforma “Filômetro”, elaborada pela gestão Ricardo Nunes (MDB) para informar a população sobre a situação dos postos de saúde em tempo real, mostram que 114 de 520 locais de atendimento, ou 21,9%, ficaram sem vacina e tiveram de interromper a imunização. Entre eles, um posto volante, três megapostos e quatro drive-thrus deixaram de vacinar.
O horário de referência usado pela reportagem foi 13 horas. Em relação aos postos fixos que registraram interrupção, a maioria fica na periferia da capital paulista, em áreas mais afastadas de centros de distribuição de imunizantes e menos equipadas para manter estoque.
Proporcionalmente, a região mais afetada é a zona sul, com 63 dos 159 postos “aguardando abastecimento” – o equivalente a 39,6%. No Jardim Ângela, 15 dos 18 locais de atendimento pararam por falta de vacina. No Jardim São Luís, só três dos 14 estavam abertos. Já no Sacomã, também havia quatro postos interrompidos.
Na zona leste, que conta com 187 locais de vacinação, 40 deixaram de atender o público. A situação mais grave era na região do Carrão, com os dois postos fechados. Por sua vez, a zona norte registrou três dos 92 postos fechados, todos no Tremembé. Centro e zona oeste tinham 100% dos lugares funcionando.
Por falta de estoque, a capital paulista chegou suspender a campanha de vacinação na terça-feira, 22, após centenas de unidades de saúde ficarem desabastecidas. O atendimento a pessoas de 49 anos, no entanto, foi retomado no dia seguinte depois do repasse de 181,1 mil doses pelo governo do Estado.
Em nota, a Prefeitura que “segue realizando a vacinação para pessoas com 48 anos”. “Devido à alta procura do imunizante, ocorreram desabastecimentos pontuais em algumas unidades de saúde nesta manhã, que já solicitaram o remanejamento de doses”, afirma.
Ainda de acordo com a gestão municipal,120 mil vacinas foram entregues à capital paulista nesta quinta e “estão sendo encaminhadas para as unidades”.
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