Com a vitória, o Uruguai chegou a sete pontos e vai enfrentar a Colômbia, terceira do Grupo B, nas quartas de final. O jogo será sábado, às 19h, no Mané Garrincha, em Brasília. O Paraguai encerrou a primeira fase no terceiro posto do Grupo A e encara o Peru, segundo da chave B, cujo líder foi a seleção brasileira. A partida será sexta, às 18h, em Goiânia.
O Uruguai ganhou pelo placar mínimo, mas poderia ter deixado o Engenhão com uma vitória mais tranquila, especialmente considerando o que produziu no primeiro tempo, etapa em que encaixou seu jogo e dominou os paraguaios, com boa saída de bola e precisão na troca de passes. Isso mesmo sem Suárez, que começou o duelo no banco.
Mas Arrascaeta, De La Cruz e Cavani foram titulares e o trio se entendeu bem na etapa inicial. O meia do Flamengo teve duas chances para abrir o placar nos primeiros minutos. Primeiro, viu sua finalização ser defendida por Antony Silva e tocar na trave. Depois, acertou a rede pelo lado de fora.
Se Arrascaeta não marcou, Cavani o fez. O atacante do Manchester United bateu pênalti forte e deslocou o goleiro para abrir o placar e anotar seu 53º gol pela seleção celeste. A penalidade havia sido sofria por Nández, que recebeu passe do palmeirense Viña e sofreu a carga de Ángel Romero dentro da área. O jogo ficou à feição dos uruguaios, mas eles não conseguiram ampliar o marcador, ainda que tenham dominado o oponente.
No segundo tempo, o cenário se alterou razoavelmente à medida que o Uruguai não conseguiu manter o ritmo e o Paraguai passou a ocupar o campo ofensivo e começou a encontrar espaços na forte defesa uruguaia, que perdeu Godín, lesionado. Óscar Romero, ex-Corinthians, chegou a balançar as redes aos seis minutos, mas estava em posição de impedimento.
O time de Eduardo Berizzo seguiu melhor durante boa parte da etapa final, mas não tinha um atleta inteligente e capaz o suficiente de municiar os atacantes e achar os espaços. Esse jogador seria Almirón, mas o habilidoso camisa 10 saiu machucado ainda no primeiro tempo.
O Uruguai, treinado pelo experiente Óscar Tabárez, foi inferior ao rival nos últimos 45 minutos, mas levou mais perigo nos contra-ataques e em algumas jogadas criadas à base do talento de Suárez, que entrou na vaga de Cavani aos 22 minutos. O atacante do Atlético de Madrid, maior artilheiro da história da seleção celeste, incomodou a zaga adversária e assustou o goleiro Silva em arremates de fora da área. Movimentou-se muito e, não fosse a falta de precisão nos passes de seus companheiros, poderia ter deixado sua marca nesta noite. No fim, não fez falta, já que os uruguaios sustentaram o triunfo.
URUGUAI 1 X 0 PARAGUAI
URUGUAI – Muslera; Nández, Giménez, Godin (Coates) e Viña; Bentancur, Vecino (Cáceres), Valverde (Torreira), De La Cruz e Arrascaeta (Facundo Torres); Cavani (Luis Suárez). Técnico: Óscar Tabárez.
PARAGUAI – Antony Silva; Alberto Espínola (Héctor Martínez), Robert Rojas, Júnior Alonso e Alderete; Gastón Giménez (Richard Sánchez), Villasanti, Almirón (Óscar Romero); Samudio (Cubas), Ávalos (Carlos González) e Ángel Romero. Técnico: Eduardo Berizzo
GOL – Cavani (pênalti), aos 20 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Raphael Claus (Brasil)
CARTÕES AMARELOS – Alderete, Júnior Alonso
LOCAL – Engenhão, no Rio (RJ).
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