A apresentação de Campos Neto cita ainda o aumento do endividamento de países emergentes durante a pandemia.
Mais uma vez, o documento traz informações sobre o aumento da inflação não apenas no Brasil, mas também nas principais economias avançadas, com ênfase nos dados sobre a alta de preços nos Estados Unidos. O presidente do BC renova ainda o alerta sobre a chamada inflação verde, que tende a influenciar a retomada sustentável pós-pandemia.
Campos Neto volta a mostrar um gráfico que aponta certa acomodação dos preços das commodities no mercado internacional, com queda mais acentuada nos preços do minério de ferro nas últimas semanas. “Diversos emergentes enfrentando pressões inflacionárias estão aumentando suas taxas de juros. Maioria dos emergentes permanece com expectativas de inflação ancoradas”, aponta uma das telas.
Apesar do recuo de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo semestre, o presidente do BC aponta na apresentação que a recuperação da economia neste ano ainda é forte, com crescimento de 5,15% esperado no Relatório Focus.
A apresentação passa ainda pelas expectativas do mercado para a inflação neste e no próximo ano – ao mostrar esse gráfico em outros eventos nesta semana, Campos Neto admitiu que a estimativa dos agentes para 2022 (de 3,98%) começa a descolar das projeções do BC. A apresentação ainda faz nova defesa da melhora da situação fiscal do Brasil, com queda nas projeções da dívida bruta e do déficit primário em comparação com as estimativas feitas no começo do ano.
Em falas recentes, Campos Neto tem argumentado que esse “pano de fundo” é mais importante do que eventuais ruídos no mercado sobre projetos do governo para aumentar o Bolsa Família.
Como sempre, o presidente do BC encerra sua apresentação com uma sequência de telas sobre a agenda digital e sustentável da instituição.
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