Vacinação contra covid-19 completa um ano em Pato Branco

Ontem (19), véspera da data que marca um ano do início da imunização contra a covid-19 no município, primeiras crianças de 5 a 11 anos, começaram a receber as doses

Duas quartas-feiras, marcam a imunização contra a covid-19 em Pato Branco. A primeira foi o dia 20 de janeiro de 2021, quando a enfermeira Eunicia de Souza Lourenço, foi a primeira pessoa em Pato Branco a receber uma dose de imunizante, já a segunda foi ontem (19), quando teve início a aplicação das doses em crianças de 5 a 11 anos.

Neste intervalo de um ano, de acordo com a coordenação do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, e o vacinômetro divulgado na segunda-feira (17), 72.743 pessoas acima dos 12 anos já tinham recebido a primeira dose do imunizante. Este quantitativo, representa 89,20% da população vacinável estimada no município.

Ainda com base nos dados de segunda, 66.386 pessoas receberam a dose dois, (91,26%); enquanto que 19.863 receberam a dose de reforço (29,13%).

Da aplicação da primeira dose de imunizante feita em Pato Branco, em uma profissional da saúde, até ontem, quando as primeiras crianças foram contempladas, o cenário pandêmico no município teve uma grande mudança.

Vale destacar que desde o início deste ano, o número de novos casos voltou a crescer, contudo, as complicações provocadas pelo vírus não são mais tão severas como em 2021, quando inúmeras pessoas perderam familiares em decorrência do ‘novo’ coronavírus.

A secretária de Saúde de Pato Branco, Lilian Brandalise afirma que é com alegria que a vacinação chegou ao público mais jovem preconizado. “Estive no Largo da Liberdade e foi emocionante, porque as crianças estão motivadas”, disse ao referir a espera que os pequenos tiveram que enfrentar até que todas as faixas etárias anteriores fossem superadas, mas também o desenvolvimento de um imunizante para este público.

Lilian também ponderou que neste momento da pandemia, muitas crianças estão contraindo a doença, ao mesmo tempo que ela lembra a experiência vivenciada ao longo da vacinação dos demais grupos, “a vacina vai diminuir esse quantitativo também”, e enfatiza, “a vacina é soberana no sentido de proteção.”

Foto: Arquivo Diário do Sudoeste

Um ano de aprendizado

A coordenadora dos programas de Imunização em Pato Branco, Emanoeli Stein pontua que “a vacinação contra a covid-19 é essencial para que consigamos parar a pandemia. A função dela principalmente ao ser injetada no organismo humano, é produzir anticorpos que atuam contra o coronavírus”, lembra ela, ao novamente repetira que “geralmente a pessoa que é vacinada, torna-se imune a doença, no 15ª dia após a segunda dose.”

Falando que “a vacinação já nos mostrou o quanto ela é importante diante de um cenário de agravamentos e mortes”, Emanoeli recorda a aplicação das primeiras cerca de 2.200 doses em janeiro de 2021 e o avanço progressivo, conforme o recebimento de novos lotes chegavam ao município.

“A vacina conseguiu evitar os casos graves, ela não previne que as pessoas peguem a doença, mas ela previne as complicações em virtude da doença”, pondera Emanoeli pedindo “que as pessoas continuem acreditando na vacina. ‘Vacina salva vidas’”.

Ao recordar um ano de avanço vacinal, a secretária de Saúde lembra que o sentimento era de medo, uma vez que “naquele momento havia a politização muito grande em relação a vacina, e o medo era de que as pessoas não aderissem”, revela que o temor não era somente seu quanto secretária, mas de toda a equipe, “mas felizmente as pessoas aderissem, prova nossos números de aplicação de primeira e segunda dose.”

Lilian também recorda que a nova cepa [Ômicron], do ponto de vista científico somente é mais branda devido a vacinação.

Vacinação tardia

A secretária também comenta um comportamento que vem sendo observado nos últimos tempos, a crescente nos relatos de vacinação tardia, ou seja, pessoas que por algum motivo não se imunizaram quando foi feita a campanha para sua faixa etária e que agora estão buscando as unidades de saúde.

“Não é vergonha alguma buscar agora a vacinação. Ninguém vai ficar apontando o dedo. O que queremos é que todos que desejam tomar a vacina, tomem”, diz Lilian lembrando que “tem vacina para todos, mesmo que tardiamente. Quanto maior a cobertura, melhor.”

Segundo ela, é motivo de alegria que as pessoas mudem de opinião e busquem a vacinação.

Raio-X da saúde

Se há um lado bom na pandemia, para Lilian é a eficiência e o comportamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que principalmente para a vacinação recebeu uma parcela da população que nunca tinha entrado no sistema da saúde pública brasileira.

Ela também comenta que o histórico de saúde da população ficou mais completo, uma vez que foi possível um quantitativo maior da realidade das comorbidades. “Acredito que as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), nos bairros conseguirão ver melhor as pessoas em seus territórios, por meio da coleta de dados que foi possível com a vacinação”, pontua Lilian.

Educação

Em vias de iniciar o calendário letivo de 2022, a vacinação das crianças também carrega algumas dúvidas dos pais.

Entre elas a necessidade de comprovação da vacinação contra covid-19, para a matrícula, ou até mesmo, o passaporte de vacinação.

Liliam afirma que a “expectativa é de que tenhamos no início do calendário letivo deste ano (início de fevereiro), com um bom quantitativo de crianças vacinadas com a primeira dose, mas tudo segue dependendo das doses que vamos receber do Ministério da Saúde e o Estado conseguir distribuir para os municípios.”

Já com relação as dúvidas dos pais, Lilian destaca que nesta quinta-feira (20), além da reunião do Comitê de Enfrentamento da Pandemia em Pato Branco na parte da manhã, às 14h será realizada a reunião do Comitê de Educação, para discutir estes apontamentos.

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