Vacinação de idosos e profissionais da saúde está longe de atingir meta

Marcilei Rossi e assessoria

A realização do Dia D de vacinação contra a influenza (gripe) e sarampo, no sábado (30), nas Unidades Básicas de Saúde e na praça Presidente Vargas, em Pato Branco deu início a segunda fase da Campanha Nacional Contra a Influenza e que segue até 3 de junho.

Somente no sábado, foram vacinadas 1.313 pessoas, contra a gripe sendo 592 crianças. Mais especificamente com a vacina para o Sarampo, foram 692 doses aplicadas.

Por ainda estar nos primeiros dias da etapa de vacinação das crianças, não é possível mensurar um comportamento de adesão dos pais para a vacinação da população menor de 5 anos. Contudo, dados da coordenação do Programa Municipal de Imunização, revelam que das 5.357 crianças que compreendem o público alvo das ações de vacinação, 28,5% receberam a vacina contra a influenza e 23,4% contra o sarampo.

Por outro lado, Emanoeli Stein que coordena o programa de imunização em Pato Branco se mostra preocupada com a procura de idosos e profissionais de saúde para o recebimento da vacina contra a influenza. “Está muito abaixo do esperado”. Emanoeli ressalva que deve ocorrer um acréscimo nos índices, uma vez que nos próximos dias devem ser repassados os dados das clínicas particulares de vacinação e que também fazem parte dos indicadores municipais. Estes dados são encaminhados para a coordenação quinzenalmente.

Emanoeli também chama a atenção ao fato de que a baixa procura pela vacinação contra a influenza é preocupante. A justificativa está na realidade vivenciada em 2021, quando o Paraná, não atingiu a meta vacinal de 90% da sua população.

A coordenadora do programa não descarta a possibilidade de realização de novas ações para ampliar a cobertura vacinal em Pato Branco, ao que Emanoeli não rejeita a possibilidade de busca ativa, com vacinação em escolas e residências, mas também ampliação de horários de vacinação e mais campanhas aos fins de semana.

Com dois anos de cuidados intensificados para evitar a proliferação de SARS-CoV-2, sendo um destinado amplamente a vacinação contra covid-19, Emanoeli avalia que “a população fica sempre mais tranquila quando não há casos e complicações em virtude de doenças. E isso faz com que a procura reduza”, dando a entender que este é um comportamento até que esperando, mesmo que inadequado, ao mesmo tempo, ela enfatiza que “há oferta [de imunizantes] em todo município, mas há a necessidade das pessoas buscar essa proteção.”

Sarampo

Conforme a enfermeira Franciele Palavicini, a campanha contra o sarampo se deve ao retorno dos casos no Brasil e no mundo. “Era uma doença que estava erradicada no Brasil, mas devido a baixa vacinação nos últimos anos, as pessoas deixaram de fazer as vacinas de rotina, é uma doença que retornou. Aqui em Pato Branco ainda não há casos. E nós estamos fazendo essa campanha com crianças menores de 5 anos e profissionais de saúde”, comentou a profissional.

Para Gerusa Rodrigues, mãe do pequeno Josué, a importância da vacina está em evitar que seu filho fique doente. “Acredito que a vacina vai trazer para ele muita segurança, em especial neste momento que ele vai começar a estudar. Não vai ficar doente, não vai ser preciso passar a noite em claro com ele”, declarou.

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