Vacinação faz Influenza cair no Paraná

A circulação do vírus Influenza A segue em queda no Paraná, segundo dados atualizados nesta segunda-feira (21) pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A taxa de detecção, que era de 21,24% há duas semanas, recuou para 12,47% na última análise, indicando uma redução significativa da circulação viral. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o resultado é atribuído principalmente à alta adesão da população à campanha de vacinação contra a gripe.

O Paraná já distribuiu 4.358.000 doses da vacina contra a Influenza para os 399 municípios. Até o momento, foram aplicadas 3.503.345 doses, o que coloca o estado como o segundo com maior cobertura vacinal do país nos grupos prioritários, com 52,32%, segundo o Ministério da Saúde.

Nesta segunda-feira, a Sesa realizou um levantamento junto aos municípios e identificou cerca de 237,3 mil doses disponíveis nas unidades de saúde. A diferença entre o número de vacinas aplicadas e o dado registrado no painel oficial pode decorrer do tempo entre a vacinação e o registro no sistema. Diante da forte demanda, o Governo do Estado solicitou ao Ministério da Saúde o envio de novos lotes, mas a pasta federal informou que não haverá mais remessas de doses ao Paraná.

Secretário destaca impacto direto da vacinação

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, enfatizou que a queda da Influenza é um reflexo direto da imunização em massa.

“Essa diminuição nos casos de Influenza é resultado da vacinação em massa. Já aplicamos mais de 3,5 milhões de doses da vacina neste ano e seguimos incentivando a população a se imunizar, especialmente os grupos prioritários. Não queremos que sobre nenhuma vacina nos estoques — vacina boa é vacina no braço”, afirmou.

Outros vírus respiratórios crescem

Com o recuo da Influenza, outros vírus respiratórios começam a ganhar espaço. O rinovírus, responsável pelo resfriado comum, passou a ser o mais frequente, aparecendo em 27,54% das amostras analisadas, contra 20,03% da semana anterior. Já o vírus sincicial respiratório (RSV) permanece com alta prevalência, representando 25,05% dos casos, embora apresente leve tendência de queda.

“O cenário está mudando. A Influenza perde força e outros vírus respiratórios, como o rinovírus e o RSV, ganham espaço. Por isso, manter as medidas de prevenção continua fundamental”, alertou Beto Preto.

Casos de SRAG e perfil das vítimas

Em 2025, o Paraná já contabilizou 18.292 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 1.058 mortes. Desses, 2.895 casos e 331 óbitos foram confirmados como decorrentes da Infecção por Influenza.

As faixas etárias mais afetadas pelas SRAGs são as crianças de até seis anos, com 5.467 casos confirmados, e os idosos com mais de 60 anos, que somam 6.556 casos e concentram o maior número de mortes: 776 registros.

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