Vacinas, fiscalização e ACS diminuem novos casos de covid-19 em Coronel Vivida

Embora tenha ocorrido 25 óbitos em um mês [entre os dias 13 de março e 13 de abril], devido a complicações da covid-19, há uma semana que Coronel Vivida não tem perdido munícipes para a doença.

Em relação a quantidade de novos casos, no último mês, o município registrou 317 pacientes confirmados. Contudo, esse dado também diminuiu na última semana, com o total de 41 [essa quantidade já chegou a ser registrada em apenas um dia]. Inclusive, na terça-feira (13), não houve registro de novos positivados.

Para o secretário municipal de Saúde, Vinícius Tourinho, essa diminuição se deve a vários fatores. Tanto à fiscalização, que ocorre ainda mais de forma efetiva, como orientações à população e as vacinas.

Segundo ele, até há poucos dias, em muitas situações as pessoas não faziam o isolamento de forma correta [no caso de suspeita ou de confirmação da doença]. “Teve um dia, por exemplo, que havia 12 pacientes com covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e eram de três famílias, quatro pessoas cada”, diz.

Com isso, intensificou-se o trabalho desenvolvido também pelos agentes comunitários de saúde, que monitoram quem está positivado ou com suspeita, presencialmente e por meio de telefonema.

“Estamos ensinando essas pessoas a como fazer o monitoramento dentro das casas. Quem está positivado ou é suspeito deve se isolar dentro da própria residência, do próprio quarto. Além, é claro, da separação de itens pessoais, como toalhas de banho, copos e talheres”.

Multas

Desde o dia 19 de fevereiro, após ser publicado decreto municipal, Coronel Vivida também começou a aplicar multas às pessoas físicas e jurídicas que não obedecerem às determinações de horários e insistirem nas aglomerações.

Segundo o secretário, desde então foram 80 multas lavradas, das quais três foram para pessoas jurídicas e as demais a físicas, resultando num montante arrecadado superior a R$ 52 mil — valor este destinado ao enfrentamento da covid-19.

“Há muitas pessoas que cumprem o decreto, aceitam a ideia de conscientização; e têm várias outras que não, por mais que estejamos há mais de um ano orientando. Porém, com o Comitê Gestor de Enfrentamento da Covid-19 aprovando a aplicação da multa e a fiscalização sendo ainda mais precisa, começaram a baixar também os casos. Então a fiscalização em cima tem sido fundamental”.

Vacinas

Até na última terça-feira, o município havia recebido um total de 5.855 doses da vacina contra a covid-19, sendo que 3.427 são referentes à primeira dose e 2.094 à segunda.

Do total recebido, conforme a enfermeira responsável pelo setor de Epidemiologia, Adineia Gubert, 5.521 foram aplicadas.

“Nas últimas remessas de vacinas da Butantan, os frascos multidoses — ao serem aspiradas as doses para aplicação — não continham dez doses de vacinas. Eles totalizaram apenas nove doses por frasco. Por este motivo, temos mais doses recebidas do que doses aplicadas”, explica, completando que o município está na faixa etária entre 65 e 69 anos.

Para evitar com que haja vacinas remanescentes [que ficam disponíveis em frascos abertos], Adineia explica que o “Município tem organizado as aplicações no período da manhã, para que não tenhamos no final do expediente vacinas ‘sobrando’. Caso ocorra e mesmo assim haja sobra, realizamos visita no domicílio para aplicar nas pessoas com dificuldade de locomoção, nos grupos prioritários, conforme orientações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)”.

Com esses números, segundo o secretário de Saúde, cerca de 15% da população vividense já foi imunizada com a primeira e segunda doses. “A vacinação nós consideramos hoje como a principal saída para acabar com a covid-19. Quanto mais pessoas vacinadas, melhor, pois é o ponto que temos para evitar com que pacientes precisem de hospital, de UTI”.

Contudo, mesmo com as vacinas e a diminuição do número de casos no município, ele ressalta para que a população continue usando máscara, álcool em gel e não haja aglomeração.

“Mesmo vacinadas, as pessoas podem pegar o coronavírus. O que a vacina faz é não deixar agravar os casos. Tanto que é comprovado que mais de 95% das pessoas que estão imunes, se elas pegarem a covid-19, não vão agravar. Mas isso não impede que a pessoa fique livre. Por isso, não podemos relaxar”.

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