Já a receita líquida bateu R$ 87,8 bilhões entre abril e junho, aumento de 117% em comparação com igual intervalo de 2020 e um crescimento de 32% ante os três primeiros meses do ano. No pregão de ontem, com a expectativa positiva em relação à divulgação do resultado trimestral, a ação da vale na Bolsa brasileira subiu 2,7%.
A Vale vendeu seu minério no segundo trimestre do ano a US$ 182,80 por tonelada, um aumento de US$ 27,30 por tonelada em relação ao trimestre imediatamente anterior e US$ 93,90 a mais por tonelada do que o visto um ano antes. O preço de referência no mercado, para o minério de ferro com teor de 62% de concentração, foi de US$ 200 a tonelada no segundo trimestre, ante US$ 166,9 a tonelada nos três primeiros meses do ano e de US$ 93,3 a tonelada no segundo trimestre de 2020.
Desafios
O resultado em ascensão ocorre dois anos e meio após a tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, evento que obrigou a companhia a repensar seu negócio e a priorizar metas de sustentabilidade.
“Enquanto continuamos com a retomada da nossa capacidade de produção de minério de ferro, também eliminamos seis barragens a montante e avançamos consistentemente em nossa agenda ESG (referente às áreas ambiental, social e de governança)”, comentou o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, no documento que acompanha o balanço.
As reparações de Brumadinho e de Mariana (MG) têm ocupado as primeiras páginas do demonstrativo financeiro da mineradora todos os trimestres. A Vale destaca que, no segundo trimestre, desembolsou US$ 303 milhões relativos a Brumadinho.
Na semana passada, a Vale também anunciou o maior ritmo de produção de seu insumo carro-chefe. Entre abril e junho o volume produzido de minério de ferro atingiu 75,7 milhões de toneladas no segundo trimestre, alta de 12% em relação a igual período do ano passado. Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o aumento do volume nas minas da companhia brasileira foi de 11,3%.
Já as vendas de minério de ferro da Vale no segundo trimestre somaram 67,2 milhões de toneladas, crescimento anual de 23,1%. (Colaboraram Wagner Gomes, De São Paulo, E Bruno Villas Boas, Do Rio)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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