Em reunião de emergência convocada pela presidência do G7, atualmente britânica, representantes dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão e União Europeia (UE) concordaram sobre a “relevância estratégica” de estender a imunização. Em comunicado divulgado após a reunião, o G7 afirmou que os ministros discutiram o aumento da absorção das vacinas e a prontidão dos países para recebê-las e distribuí-las. Os ministros também discutiram sobre o fornecimento de assistência operacional, combate à desinformação e de apoio à pesquisa e ao desenvolvimento nesses países.
“A comunidade internacional enfrenta a ameaça de uma nova variante altamente transmissível da covid-19, que requer ação urgente”, alertaram os ministros no comunicado. O texto não faz menção a estratégias específicas nem informa se metas anteriores serão mantidas ou ampliadas. Em julho, o grupo havia prometido doar um bilhão de vacinas a países em desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, o principal assessor de saúde do governo, o infectologista Anthony Fauci, encorajou as pessoas a se vacinarem contra o coronavírus e tomarem doses de reforço em breve. “Não há casos confirmados (de ômicron), mas obviamente estamos em um alto nível de alerta”, disse no programa Good Morning America, da ABC.
“Diante de uma variante como essa, embora haja muito que não sabemos sobre ela, uma coisa que sabemos é que as pessoas vacinadas reagem muito, muito melhor do que aquelas que não foram vacinadas, principalmente quando recebem reforço”, disse Fauci. “Quando você se vacina e toma uma dose de reforço e seu nível (de anticorpos) sobe, você vai ter algum nível de proteção, pelo menos contra uma forma grave da doença”, explicou. Fauci afirmou, ainda, que “definitivamente” sugeriria que as doses de reforço fossem aplicadas agora. Os Estados Unidos restringiram viagens de oito países do sul da África.
No domingo, 28, o Canadá informou que detectou os primeiros casos da nova variante, em duas pessoas que viajaram recentemente para a Nigéria. Ambos os pacientes foram isolados, enquanto as autoridades de saúde localizavam seus possíveis contatos.
A Ômicron foi identificada pela primeira vez na semana passada. Desde então, a África do Sul registrou um rápido aumento nas infecções. No domingo, foram 2.800 casos, em comparação com 500 na semana anterior. Cerca de três quartos das infecções relatadas recentemente envolvem a nova cepa.
O anúncio da detecção da Ômicron causou pânico e rapidamente muitos países, incluindo Brasil, Indonésia, Arábia Saudita e Reino Unido, impuseram restrições a voos vindos do sul da África. Essas medidas foram consideradas uma “punição” pelas autoridades sul-africanas.
Na segunda-feira, 29, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “muito preocupado” com o isolamento desta parte da África e sublinhou que o povo africano não pode “ser responsabilizado pelo nível imoralmente baixo de vacinas disponíveis” no continente. (COM AGÊNCIAS INTERNACIOINAIS)
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