Foi o 10º jogo sem derrota do time cruzmaltino. O problema é o tanto de empates: seis nessa série invicta, o que custou sonhar com briga pelas semifinais do Carioca. Volta Redonda, Flamengo e Fluminense estavam garantidos antecipadamente e a Portuguesa-RJ agora também obtém a vaga com o tropeço vascaíno. Os três primeiros vão brigar pelo título da Taça Guanabara na rodada final. Ao Vasco, ficar até oitavo e fazer as semifinais da Taça Rio será um prêmio de consolação.
De bom em Saquarema, a demonstração de força após sair atrás, bem verdade diante de um rival de menor expressão, e o poder de reação para não desistir da virada até o apito final. O tropeço, contudo, freou a sequência de três triunfos.
Com a vitória do Fluminense sobre o Botafogo, no sábado, o Vasco entrou em campo em Saquarema com chances mínimas de avançar às semifinais. Necessitava de dois triunfos e derrota da Portuguesa. O triunfo garantia, ao menos, vaga na Taça Rio. Entre quinto e oitavo se classificam para a competição. Não conseguiu nem um, nem outro.
Contratado recentemente do Grêmio, Vanderlei era a única novidade na escalação titular de Marcelo Cabo. E logo de cara o goleiro teve uma ingrata missão pela frente. Após erro de Galarza e pênalti cometido por Leandro Castán, podia mostrar de cara seu “cartão de visitas”.
Nada como chegar a um novo clube defendendo uma penalidade. Marquinhos bateu com categoria e frustrou seus planos. Com 10 minutos, apenas, o Boavista já abria vantagem para desespero do outro alvinegro grande do Rio. A vitória parcial do Boavista derrubava o Botafogo para a nona colocação, aumentando ainda mais o vexame dos comandados de Marcelo Chamusca, já eliminados da Copa do Brasil.
Assim como o Botafogo, o Vasco também disputará a Série B do Campeonato Brasileiro e busca maior entrosamento nos jogos do Estadual. Invicto há nove jogos e vindo de bela vitória no clássico contra o Flamengo, a ideia era emplacar a quarta vitória seguida.
Nada, contudo, dava certo no primeiro tempo em Saquarema do lado vascaíno. Cano e Morato perderam boa chance e Gabriel Pec estava impedido e teve seu gol anulado. Para piorar, Marquinhos estava aceso no Boavista. Carimbou o travessão em chute de longe e fez seu segundo gol no jogo em rebote da defesa.
Marcelo Cabo já imaginava que teria muito trabalho a fazer no vestiário para reverter uma enorme desvantagem, quando Cano descontou, no último minuto da etapa, deixando o Vasco “vivo” no confronto. Depois de tanto insistir contra um oponente ligado e preciso na frente, enfim algo a comemorar.
O treinador optou pela ousadia. Léo Jabá na vaga do volante Galarza. E que estrela. Logo em sua primeira jogada, o atacante serviu Gabriel Pec, desta vez preciso para empatar.
Como o empate era ruim para ambos, o jogo virou lá e cá, com ataque e contragolpe. Vanderlei trabalhou bem quando exigido e Klever, do outro lado, quase entregou. Deu nos pés de Cano, que limpou e bateu para virar. Mas o zagueiro Gustavo salvou.
As equipes brigaram até o fim, mas acabaram lamentando o empate, muito pior ao Boavista. O Vasco não buscou a virada, porém necessita de apenas um ponto no confronto com o Resende, sábado, para disputar a Taça Rio. Não ganhou a quarta seguida, mas subiu para 10 jogos sem derrotas.
FICHA TÉCNICA:
BOAVISTA 2 x 2 VASCO
BOAVISTA – Klever; Caio Felipe (Wisney), Gustavo, Victor Pereira e Jean Victor; Douglas Pedroso, Ralph Dias, Erick Flores e Marquinhos; Jefferson Renan (Vitor Jeijão) e Michel Douglas. Técnico: Leandrão.
VASCO – Vanderlei; Léo Matos (Cayo Tenório), Ernando, Leandro Castán e Zeca; Andrey, Galarza (Léo Jabá) e Carlinhos (Figueiredo); Morato (Tiago Reis), Gabriel Pec e Cano. Técnico: Marcelo Cabo.
GOLS – Marquinhos, aos 10 e aos 27, Cano, aos 45 minutos do primeiro tempo. Gabriel Pec, aos quatro minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Klever, Douglas Pedroso, Jean Victor e Erick Flores (Boavista); Cayo Tenório (Vasco).
ÁRBITRO – Tarcizo Pinheiro Caetano.
RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.
LOCAL – Estádio Eucyr Resende, em Saquarema (RJ).
Comentários estão fechados.