Prefeituras têm variado no controle desse comportamento, mas a sanção mais popular até agora tem sido a assinatura obrigatória de um termo de responsabilização e a subsequente transferência do indivíduo que recusa vacina para o fim da fila de prioridades.
Vejas quais medidas as prefeituras têm tomado para coibir a prática:
São Bernardo do Campo, São Paulo
Em 30 de junho, o prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo do Campo, afirmou durante transmissão online que o município do ABC paulista também colocaria no “fim da fila” quem escolhesse qual imunizante tomar.
“Se você se recusar a assinar, duas testemunhas que estão trabalhando assinarão dando fé”, afirmou Morando. “Ninguém nunca pediu marca de vacina. Por que agora, na maior pandemia da humanidade, as pessoas querem escolher vacina?”
São Caetano do Sul, São Paulo
A medida também foi adotada pela prefeitura de São Caetano do Sul. A partir desta segunda-feira, 5, o município vai enviar para o “fim da fila” quem tentar escolher qual imunizante tomar.
Recife, Pernambuco
Em Recife, o prefeito João Campos (PSB) anunciou nas suas redes sociais que quem recusar alguma vacina no município ficará 60 dias “bloqueado” no sistema Conecta de agendamento. “Vacina boa é vacina no braço. É inaceitável atrasar o processo coletivo por querer escolher marca”, declarou nesta segunda.
Criciúma, Santa Catarina
Desde a última sexta-feira, o prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSDB), também publicou um decreto similar que transfere o “sommelier” para o final da fila e o obriga a assinar um termo de responsabilidade e ciência. “Tem muitas pessoas querendo escolher a vacina, mas todas elas têm sua eficácia”, declarou.
Juruaia, Minas Gerais
Desde o 1º dia deste mês, a prefeitura de Juruaia, no interior de Minas, adotou o método, reforçando que todos os imunizantes disponibilizados no município mineiro com menos de 10 mil habitantes foram aprovados pela Anvisa. O objetivo, segundo a nota, é “evitar que a pessoa escolha a marca da vacina que deseja tomar.
Varginha, Minas Gerais
O movimento foi seguido por Varginha, em Minas Gerais, que decidiu vacinar os “sommeliers” apenas quando a imunização de todos os adultos acima dos 18 anos for concluída. No decreto, a prefeitura ainda reforça que é proibida a aplicação de uma segunda dose por fabricante diferente da primeira e que os eventuais casos de uma “terceira dose” serão encaminhados ao Ministério Público e aos órgãos policiais “para as providências criminais que se fizerem necessárias”.
Curitiba, Paraná
Já em Curitiba, o vereador Márcio Barros (PSD) protocolou na última sexta um projeto de lei que também visa a punir o “sommelier” com o fim da fila de vacinação ou obrigá-lo a se cadastrar na “xepa”. “A preferência por vacina chega a ser um desrespeito aos cidadãos que ainda aguardam sua vez, sem contar que muitas pessoas só recusam a vacina depois de a mesma já ter sido aspirada do frasco, fazendo com que a dose seja inutilizada”, afirmou.
Outras cidades
Outros municípios paulistanos, como Rio Preto e Jales, ainda não preveem punição para os “sommeliers”, mas já determinam que eles assinem um termo de recusa atestando que as vacinas foram oferecidas dentro do prazo previsto.
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