As brasileiras têm 70 pontos perdidos após 12 regatas disputadas. Suas principais concorrentes são as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz, que estão com 70 pontos também. E na sequência vem a dupla formada por Tina Lutz e Susann Beucke, da Alemanha, com 73. Quem terminar com menos pontos perdidos vence.
E a situação fica mais emocionante ainda porque a regata de medalha vale pontuação em dobro. São dez duplas e quem terminar a disputa em primeiro perde dois pontos, quem ficar em segundo perde quatro, e assim por diante. Pela diferença de pontos ser bem apertada, as brasileiras podem inclusive ficar fora do pódio caso façam uma regata ruim no último dia.
Isso porque o barco espanhol formado por Tamara Echegoyen Dominguez e Paula Barcelo Martin tem 77 pontos perdidos, um pouco à frente de Charlotte Dobson e Saskia Tidey, da Grã-Bretanha, com 81 pontos perdidos. Todas as cinco mais bem colocadas têm chance de conquistar a medalha de ouro. Se Martine e Kahena ficarem na quarta posição já garantem um lugar no pódio.
Até por isso, a disputa promete ser acirrada em busca do ouro e também por um lugar no pódio. Na primeira regata de Martine e Kahena, elas ficaram apenas na 15ª posição, a pior colocação entre as 12 regatas. Depois foram melhorando e se acostumando com a imprevisibilidade da Baía de Enoshima. E, no sábado de madrugada, nas duas últimas disputas, ficaram com um segundo lugar e um décimo lugar e empataram na liderança antes da “medal race”, já que as holandesas tiveram uma 11ª posição e uma 16ª, que acabou sendo o descarte delas.
Para ganhar o ouro, as brasileiras precisam ficar à frente da dupla da Holanda, ficar no máximo uma posição atrás das alemãs, três posições de diferença para a Espanha e cinco para as britânicas. Como as disputas estão emboladas, não será possível marcar apenas um adversário porque outro pode desgarrar e levar a medalha.
Situação parecida ocorreu no Rio. Martine e Kahena foram para a medal race empatados em 46 pontos perdidos com as espanholas Tamara Dominguez e Berta Moro e as dinamarquesas Jena Hansen e Katja Salskov-Iversen. E ainda tinha a dupla da Nova Zelândia (Alex Maloney e Molly Meech), com apenas um ponto atrás – as brasileiras venceram e se tornaram campeãs olímpicas, com a dupla neozelandesa roubando posições e ficando com a prata.
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