Vereadoras e procuradoras da mulher da região se reúnem nesta quinta

Encontro debaterá o atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência

Hoje (5) a tarde, as 14h, vereadoras e procuradas da mulher de toda região Sudoeste se reunirão na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) para debater sobre o atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência.

O major Rogério Gomes Pitz, que atua na Polícia Militar em Francisco Beltrão comenta que o encontro servirá como uma troca de experiência entre os municípios e terá como objetivo debater o atendimento diferenciado as vítimas e agressores em Beltrão.

“Aqui, o atendimento relacionado a violência doméstica, é diferenciado. Em 2019 iniciamos um projeto onde a Polícia Militar passou a fazer visitas a mulher que tem medida protetiva e também ao agressor. A intenção é que tanto a vítima quanto o agressor entendam que o Estado vai, efetivamente, dar proteção jurídica e também segurança”, explicou.

Pitz comentou ainda que o objetivo da reunião é discutir, com as procuradoras e vereadoras, formas de implantar o mesmo projeto nos outros municípios da região. “A ideia é que usem a informação que será repassada no encontro para entrar em contato com os comandantes locais de seus municípios e tentarem, dependendo da quantidade de casos, que a Polícia Militar ajude na prevenção desses crimes.”

A deputada federal, Leandre Dal Ponte, que também participará do evento, comenta que a violência contra a mulher é um assunto que precisa ser debatido, a fim de criar estratégias de enfrentamento.

O encontro desta quinta, como ela explica, surgiu a partir de uma necessidade apresentada pelas próprias procuradoras da mulher da região. Segundo ela, “com o avançar do trabalho das procuradorias da mulher nos municípios, começamos a identificar muitas demandas na nossa região. Em especial, [a falta de] serviços especializados que possam trabalhar em rede entre os municípios, apoiando os menores.”


Botão do pânico

De acordo com o major Pitz, também será debatido com vereadoras e procuradoras da mulher a opção do botão do pânico no APP 190, da Polícia Militar. Segundo ele, o botão do pânico pode ser utilizado em casos específicos e é liberado para uso, através de autorização judicial.

Casa da Mulher Brasileira

Conforme a deputada Leandre, o município de Francisco Beltrão, possivelmente, poderá ser sede de uma Casa da Mulher Brasileira —espaço que, de acordo com o Governo Federal, “auxilia na autonomia das mulheres e no enfrentamento à violência e conta com serviços especializados da rede de proteção, como delegacia, apoio psicossocial e defensoria.”

Segundo a deputada, o município pode receber a casa porque o programa federal que prevê construções desses locais foi reformulado e agora permite a implantação em municípios com mais de 50 mil habitantes.

“Eu fui falar com a ministra Damares Alves. Ela se comprometeu em incluir Francisco Beltrão no plano de expansão da Casa da Mulher Brasileira se o município estivesse de acordo em implantar o programa Mulher Segura e Protegida e entrasse com a contrapartida prevista e o terreno para a construção”, contou.

Ao Diário do Sudoeste, a Secretaria de Assistência Social de Francisco Beltrão disse ter interesse na casa.

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