Além da punição esportiva, Verstappen também recebe dois pontos na Superlicença, que é uma espécie de “carteira de habilitação” dos pilotos. De acordo com a FIA, o líder do campeonato não tinha preferência para contornar a curva Variante del Rettifilo por estar muito distante de Hamilton na tentativa de ultrapassagem.
O holandês justificou a manobra, alegando ter sido espremido pelo britânico. “Hamilton passou da linha branca (na saída dos boxes) e eu tive que ir para a parte verde da pista para não batermos. Dei a volta por fora. E, claro, ele percebeu que eu estava indo para lá. Então ele continuou me pressionando. Não esperava que ele continuasse a me espremer, espremer, e espremer, porque nem precisava”, alegou Verstappen.
Verstappen era vice-líder da prova, quando a equipe o convocou para os boxes para tentar ultrapassar o líder da prova, o australiano Daniel Ricciardo. No entanto, a parada não foi boa e o holandês perdeu até a terceira posição para o britânico Lando Norris. Em seguida, foi a vez de Hamilton fazer seu pit stop, que também não foi bom. O britânico voltou entre Verstappen e Norris e então ocorreu o acidente logo após a saída dos boxes.
Britânico e holandês dividiram a segunda perna da chicane, Verstappen acabou tocando em um dos obstáculos de pista, perdeu o controle do carro com o toque com Hamilton e foi parar com as rodas sobre o cockpit do heptacampeão. O halo, equipamento de segurança que protege o local em que fica o piloto, impediu que o acidente tivesse piores consequências.
Líder do campeonato mundial, Verstappen está no limite de uso de unidades de potência na temporada e, se fizer nova substituição de itens do motor, perderá posições e terá de largar no fundo do pelotão. Por isso, a Red Bull avalia fazer a alteração logo na próxima etapa, evitando nova punição em corridas futuras.
Com 14 provas realizadas até aqui na temporada, a Fórmula 1 tem mais oito corridas neste ano. A próxima será na Rússia, no dia 26 de setembro.
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