Essa não é a primeira vez que Vettel desafia o conservadorismo e usa a bandeira arco-íris em seu capacete. No GP da Turquia do ano passado, o alemão chegou ao país de Recep Tayyip Erdogan com duas mensagens. A primeira dizia: “Sem fronteiras, apenas o horizonte, somente a liberdade”. Já a segunda era um desenho na base de seu capacete com pessoas de várias etnias, e o recado: “Juntos como um só”.
O heptacampeão Lewis Hamilton se manifestou pelas redes sociais, pedindo que os húngaros defendam a população LGBTQIA+ no referendo de “proteção à criança” anunciado por Viktor Orbán, primeiro-ministro do país. Essa medida, no entanto, ainda não tem data, e as questões apresentadas pelo político estão longe de serem claras.
A Hungria vive um momento político conturbado, pois o parlamento do país adotou uma lei em 15 de junho proibindo menções à homossexualidade e mudança de sexo para crianças nas escolas. Outras medidas conservadoras foram tomadas, como impedir que transgêneros possam mudar de nome. Protestos se iniciaram nas ruas do país, e a União Europeia ameaçou sancionar o governo de Orbán se ele não recuasse da decisão.
Na Eurocopa 2020, a seleção húngara foi condenada pela Uefa por comportamento discriminatório de seus torcedores. Os atos foram vistos nas partidas contra Portugal, França e Alemanha. Nesta última, um torcedor usando a camisa alemã e segurando a bandeira LGBTQIA+ invadiu o campo no meio do hino húngaro e ficou de frente para os jogadores como forma de protesto. Torcedores alemães nas arquibancadas mostraram pequenas bandeiras com as cores do arco-íris enquanto os atletas entraram em campo.
As punições para a Federação Húngara de Futebol incluem jogar seus três próximos jogos como mandante em competições europeias de portões fechados, pagar uma multa de 100 mil euros (R$ 618 mil na cotação atual) e exibir um banner com a mensagem “Equal Game”, ou “Jogo Igual”, na tradução, durante essas partidas.
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