Nessa quarta-feira (12), o departamento de Comunicação do Município de Pato Branco, divulgou nota atribuída à Vigilância Sanitária referente ao baile realizado no domingo (9), em um clube de danças do município.
A nota, assim como o Diário do Sudoeste divulgou na edição de terça-feira (11) afirma que “o evento realizado no domingo, dia 9, estava em acordo com a Portaria 3/2021 e com o Decreto Municipal 8.911/2021, expedido na sexta-feira, dia 7, em caráter excepcional e com validade apenas para o devido fim de semana.”
O documento pontua ainda que protocolos solicitados pela Vigilância Sanitária, aos promotores do evento foram cumpridos, como distanciamento de mesa, uso de máscara, fatos que também foram divulgados pela reportagem do Diário, assim como o esclarecimento de que a liberação da pista de dança, foi o que diferenciou o baile do domingo, com os demais eventos que estão sendo realizados no município. “Ela também foi autorizada em consonância com as medidas solicitadas pelo MPPR [Ministério Público do Paraná] e de acordo com a portaria, que permite pistas de dança a partir de autorização da Vigilância [Sanitária], condicionando a realização de bailes à avaliação do protocolo pela autoridade sanitária”, pontua a nota.
A nota ainda aponta que a portaria que autoriza a realização de eventos desde que com Plano de Contingência, como também noticiou o Diário, em seu artigo 9, estabelece a “responsabilidade do proprietário e responsável pelos espaços descritos no caput deste artigo, o cumprimento das determinações constantes nesta portaria e demais normativas vigentes a respeito das medidas sanitária de prevenção à covid-19.”
Da mesma forma como divulgado pela matéria de terça, a nota afirma que a capacidade do clube de danças se limitou a 17%.
A nota encerra afirmando que a Vigilância Sanitária reitera a “preocupação com o cumprimento das normas sanitárias e destacamos que este órgão fiscalizador tem agido conforme as exigências de saúde com claros e rigorosos protocolos.”
Ocorre que em determinada parte, a nota afirma que “diferente do que os veículos de comunicação tem propagado, o evento não foi um ‘baile teste’, mas um evento particular liberado pela Vigilância Sanitária de Pato Branco.”
Desta forma o Diário do Sudoeste passa a transcrever a entrevista feita na segunda-feira (10), com o diretor de Vigilância de Saúde, Rodrigo Bertol, concedida ao Diário e com a diretora de Vigilância Sanitária, Cirlei Wagner dos Santos a RPC.
Entrevista Rodrigo Bertol
Repórter: Este final de semana teve o evento no Tradição.
Bertol: Sim.
Repórter: Hoje fomos surpreendidos com a RPC, dizendo que era um evento teste.
Bertol: Mas foi um teste.
O diretor de Vigilância de Saúde ainda descreveu que a diretora de Vigilância Sanitária o procurou falando que tinha sido protocolado a realização de eventos. Ao que ele afirmou.
Bertol: (…) ‘O Tradição está pedindo e tal’, e eu falei, ‘não. Você veja e faça esse teste. Se conseguir fazer esse teste e der tudo certo a gente recomeça. Porque vai ter que arrefecer isso.’
Bertol: Do ponto de vista epidemiológico, a gente está monitorando.
Repórter: Certo.
Bertol: Agora, se vai dar certo isso, ou não, a gente vai ver agora essa semana.
Ele foi questionado ainda pela reportagem do quantitativo de pessoas no local.
Bertol: Acho que é 2 mil e poucas o lugar, mas tem que ver com a Cirlei, porque quando aconteceu que ela disse ‘Rodrigo tem isso, isso e isso. Os caras estão há um tempo. Vamos fazer um teste?’, eu falei; ‘vamos’.
Ao que Cirlei teria dito; ‘dá pra fazer assim’. Eu falei ‘vamos. Você acha que tem que fazer, vamos fazer. Então vamos tocar o pau. Converse e organize como vai ser, vai lá, faça a vistoria e acompanhe tudo.’
Cirlei Wagner dos Santos à RPC
“Qual a diferença deste evento para os locais, que fazem uma música ao vivo, os bares e restaurantes. A gente autorizou uma pista de dança. Basicamente falando esta é a diferença. Então ele teve um protocolo autorizado pela gente, em linhas gerais, resumidamente falando, ele trabalhou com o público de menos de 20% da capacidade do centro de eventos dele. As pessoas para circular nas áreas comum, teriam que circular de máscara, a pista de dança que é o diferencial deste evento, tinha controle eletrônico da quantidade de pessoas dentro. Foi autorizado para 50 pessoas dentro da pista e teria que dançar com máscara. É uma média de 3 metros, 4 metros, por casal que estaria lá dentro. E a gente decidiu depois de um longo tempo de discussão, tentar, de fazer esse evento teste.”