No último fim de semana (24 e 25), a Vigilância Sanitária deu continuidade à fiscalização a fim de monitorar o andamento do protocolo de saúde para conter o contágio da Covid-19. Para o trabalho, uma equipe realizou rondas e atendeu denúncias dos cidadãos.
Comparada com o período de 12 a 18 de abril, quando foram recebidas 82 denúncias, houve uma queda de chamados entre os dias 19 a 25, em que a equipe recebeu 71 reclamações.
A chefe da Vigilância Sanitária, Cirlei Cleocir Wagner dos Santos, afirma que durante o sábado (24) e domingo (25) houve sete reclamações das quais, quando a vigilância chega no local, a informação não procede. “A denúncia que recebemos de aglomeração em residência no fim de semana era de cinco pessoas no máximo, com mais de um metro de distanciamento, e não podemos multar nesses casos”.
Para que seja realizada a autuação de aglomeração em residências é necessário que as pessoas estejam em ambiente pequeno, que não seja possível manter o distanciamento seguro.
Durante a fiscalização, a equipe realiza notificações e, em casos de reincidência, aplica multas em quem não segue os protocolos passados pelos órgãos competentes.
Das 71 notificações registradas durante a última semana, 21 foram recebidas no fim de semana, quando apenas foi preciso realizar abordagem em uma quadra de esportes. Por isso, a chefe do departamento enfatiza que é necessário que a população não esqueça que o período em que estamos vivendo demanda cuidados até ao ar livre. “Encontramos pessoas fazendo piquenique e jogando sem máscara no Largo da Liberdade. Quando chegamos, elas se separaram, e não conseguimos abordar”.
Cirlei enfatiza que, caso a população não colabore, a alternativa será fechar novamente o local. “O Largo da Liberdade está liberado para atividades esportivas e é necessário seguir as recomendações”.
Isolamentos
Nos casos de pessoas infectadas pela covid, ou suspeita de infecção, a responsável pela vigilância afirma que não houve nenhum caso registrado de não cumprimento do isolamento. Todas as pessoas identificadas no boletim estavam em suas residências, e apenas não atenderam o telefone, ou tinham se dirigido ao hospital.
Estabelecimentos comerciais
Nessa última semana não houve penalidades aplicadas em estabelecimentos comerciais, onde normalmente são registradas a maioria das ocorrências. Isso porque, acredita Cirlei, nas duas primeiras semanas do mês há maior circulação de pessoas.
Por isso, a Vigilância Sanitária realizou uma visita em bares e restaurantes no início de abril para fazer a metragem de distanciamento de mesas. “Para quem está sentado, assume o risco apenas de contaminar quem está na mesma mesa, mas evita de contaminar o restante das pessoas. Aqueles que insistem em ficar em pé podem ser multados junto com o estabelecimento”, conta a chefe do setor.
A responsável pela vigilância diz que no início da pandemia enfrentou muita resistência de empresários, mas que com o aumento de casos as pessoas têm se conscientizado. “Todos eles já foram autuados pelo menos uma vez, mas a explosão de casos da covid-19 fez com que eles começasse a colaborar com as solicitações”, enfatiza.
Para os mercados, a recomendação permanece de que apenas uma pessoa da família entre no estabelecimento, mas ainda há muita resistência da população. Segundo Cirlei, há casos de pessoas da mesma família que vão até o local em carros diferentes para que não os vejam entrando. “Os proprietários já foram avisados e a maioria multados no início do mês, mesmo sabendo que parte da culpa não é deles”.
Para os casos em que há algum cidadão circulando sem máscara ou não respeitando o distanciamento, principalmente em estabelecimentos comerciais, a Vigilância Sanitária reforça que o ideal é contatá-los através do Disque-denúncia. Se houver resistência do indivíduo ou qualquer tipo de agressão pode ser feito um Boletim de Ocorrência.
“As pessoas podem registrar o B.O. porque o não seguimento dessas regras é crime, pode ser enquadrado no código penal e está no decreto que a multa é prevista para quem descumprir. O ideal é nos avisar, mas até chegarmos o cidadão pode ter ido embora”, avisa a responsável.
Apelo para a população
Com a chegada da variante P1, a maioria dos casos da covid-19 tem sido em jovens adultos. “Precisamos conscientizar para que os protocolos de saúde sejam seguidos, não podemos esquecer o quão perigoso e violento é esse vírus”, enfatiza Cirlei.
A Vigilância Sanitária pede que a população seja fiscal e denuncie caso presencie aglomerações ou o descumprimento dos protocolos estabelecidos para o município, a fim de frear o aumento de casos.
“A pandemia só vai acabar se cada um fizer a sua parte. É preciso usar máscara, manter o distanciamento, higienizar as mãos, ter cuidado no comércio, preservar a vida de quem está do lado. Se tem sintomas, procure um médico. Faço esse apelo para o cidadão de forma individual”, finaliza Cirlei.
O disque denúncia da Vigilância Sanitária de Pato Branco é (46) 98404-1020 (das 7h30 às 11h30 e das 13h às 22h).
Fiscalização de 19 a 25 de abril de 2021 | |
Orientações aos decretos | 13 |
Não uso da máscara | 24 |
Descumprimento do isolamento | 5 |
Descumprimento dos decretos | 7 |
Aglomerações | 20 |
Informações de exames | 2 |
Denúncias recebidas nos dias 24 e 25 de abril | |
Esportes | 1 |
Bares | 1 |
Espaços públicos | 3 |
Residenciais | 2 |
Orientações | 13 |
Descumprimento de isolamento | 1 |