Às vésperas da final da Copa do Brasil 2022, o Pato Futsal completa nesta quinta-feira (25), 12 anos de sua fundação. Ao longo de pouco mais de uma década de existência, o clube acumula títulos, mas vê nesta competição nacional, uma forma de marcar um novo momento, o de reformulação de pensamento de gestão.
Para o presidente, Giovani Geron as comemorações do aniversário seriam ainda maiores com a conquista de títulos.
Também com condições de almejar títulos em todas as competições do ano, — uma vez que passou para a fase dos playoffs da Liga Nacional de Futsal, tem grandes chances de classificação nas primeiras posições do Campeonato Paranaense Série Ouro, está na final da Copa do Brasil, e ainda não estreou na Copa Paraná de Futsal —, o presidente recorda, “a Copa do Brasil é a competição [nacional] que nos falta.”
Conforme Geron, a forma que o projeto está sendo conduzido neste momento, marca o momento de reformulação administrativa do clube.
Este mesmo caráter descrito pelo presidente está presente no discurso do treinador Sérgio Lacerda.
Para o treinador que teve passagem em 2006 pelo então Atlético Patobranquense, e retornou em 2017, para a conquista da Série Ouro e conduziu o elenco aos dois títulos da LNF (2018 e 2019); da Taça Brasil de 2018 e da Liga Sul, no mesmo ano, e após deixar o time que considera sua casa, retornou em 2022 com contrato de duas temporadas, mesmo o momento sendo de mudanças, ao que se refere gestão, os reflexos são vistos em quadra, o que para Lacerda, são consequências.
“Aos poucos estamos remontando a equipe, estamos fazendo acontecer, chegamos à final da Copa do Brasil, que é uma competição importante, e para frente pode nos credenciar para a Libertadores”, afirma o treinador exaltando o feito de sua equipe em chegar na final da competição. “Para se ter ideia do grau de dificuldade que é chegar a uma final é só ver as competições anteriores, (…), vimos no ano passado, equipes de grande porte como o Jaraguá, que também é campeão de Liga, e o Corinthians perderem título.”
Lacerda se diz feliz e bem em fazer parte da história do Pato Futsal. “Sei do meu lugar, mas cada integrante do Pato Futsal, desde a comunidade, patrocinadores, a imprensa, diretoria. O Pato Futsal é a junção disso tudo”, avalia o treinador, que não esquece o início da caminhada nacional do clube, e da presença de Simi no elenco de 2017, que para ele, efetivamente projetou o Pato no time que é hoje, em termos de visibilidade.
Olho na base
Buscando sua maturidade no futsal, o Pato volta seu olhar para as categorias de base. “Sim, somos um projeto novo, mas temos na nossa base, uma forma de consolidar ainda mais o Pato Futsal”, afirma o presidente, sentenciando que “a base era uma parte do Pato Futsal que estava faltando.”
Atualmente o clube conta com categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-20 e alguns jogadores já foram chamados para compor o elenco principal.
Minha história com o Pato
Quem vê Anderson Nether, o Adocica ao lado da quadra não tem noção do que o Pato Futsal representa para o roupeiro, que em 2022 completa 11 anos de casa.
De poucas palavras quando o assunto é entrevista, ele tem o respeito de jogadores, torcedores e faz questão de sempre manter contato com atletas que já passaram pela equipe, mas ele também é reconhecido por torcedores adversário. Não por nada, ele resume, “[o]Pato é tudo, minha vida, meu trabalho, meu convívio do dia a dia”, e claro, ele também não esconde ser torcedor.
“O Pato Futsal é muito forte, eu comecei lá na [Série] Prata, não tem muito tempo atrás, em 2011, e era muito difícil, fomos trabalhando e conquistando o espaço. Depois veio a fase mais que ótima (2017, 2018 e 2019). Como campeão, que o Pato se desenvolveu muito bem, e eu vejo que o Pato é muito forte nisso, são muito unidos e conseguimos nosso espaço no mundo”, avalia o roupeiro que na véspera do aniversário do clube, horas antes do jogo pelo Campeonato Paranaense já tinha o vestiário todo arrumado, e com um sorriso no rosto, fazia questão de projetar o Pato Futsal, “ainda maior do que é.”
Aos 31 anos, e em sua terceira passagem pelo futsal de Pato Branco, o fixo Rangel, ganhou o respeito e confiança do treinador, mesmo ouvindo do treinador constantemente, que a braçadeira é uma mera formalidade, uma vez que para Lacerda, mas também para Rangel, que encara que atualmente a equipe tem vários capitães, cada um com um estilo de liderança.
Para Rangel, que teve seu primeiro contato com Pato Branco, ainda como Sub-20, retornar em 2022, pode ser resumido pelo sentimento de alegria. “Hoje, com 31 anos, e vendo o Pato com a quantidade de estrelas que tem dentro de seu escudo, é um momento realmente gratificante e uma responsabilidade gigante, porque tem o compromisso de dar continuidade a essa história que começou em 2010.”
Desde que retornou ao futsal brasileiro, o pivô Sinoê sempre foi visto do lado oposto da quadra, afinal foram cinco temporadas como adversário, e na maioria das vezes vestindo a camisa do maior rival, o Marreco de Francisco Beltrão.
Das passagens como adversário, ele recorda que em algumas ocasiões saiu vitorioso, enquanto que em outros o sabor era de derrota, “mas, faz parte”, comenta, pontuando que “é sempre difícil jogar contra o Pato. Eu estou tentando usar esse fator da torcida a meu favor”, revela o atleta ao comentar ainda que em quadra, a equipe busca dar o retorno do que é recebido da torcida no cotidiano.