Queridos leitores, como tenho anunciado, é chegada a hora de afastar-me um pouco das atividades cotidianas para poder cuidar de outros afazeres que estão exigindo mais tempo de mim.
Não é sem pesar e sombra nos olhos e no coração que escrevo hoje, oficialmente, pela última vez para esta coluna semanal. Evidentemente que não significa que não possa escrever mais, mas pelo menos não mais semanalmente.
Desde 2009 até aqui, viajamos juntos. Sim, penso que fizemos uma bela viajem pelo mundo da educação de filhos e alunos. Passamos por paisagens belíssimas contemplando comportamentos adequados com visões de lindas cachoeiras, rios, bosques e florestas.
Enfrentamos, também, muita trepidação e obstáculos tendo de superar cercas e abismos que nos ajudaram a pensar sobre o que seria melhor ou, pior, na condução da educação de nossos pequenos e adolescentes.
Tivemos subidas que exigiram muita paciência, tenacidade, persistência, arrojo, confiança mútua, busca de apoios e arrancadas delicadas, mas superamos.
E tivemos também descidas íngremes, que quase nos levaram à loucura, a desconfiar de nossos freios, e de nossa capacidade de educar e orientar. Mas, cá estamos, sobreviventes. Sobreviventes de uma guerra insana entre tantos “poderes” e o “poder” parental de educar, orientar, mostrar caminhos e confiar que a vida nos dê o troco pela nossa dedicação.
Agora, é chegada a hora de seguir nossas jornadas. Não estarei aqui todas as quintas-feiras, mas com certeza, estarei sempre no pensamento, lembrando das questões que eu trouxe para a reflexão da educação de nossos filhos e alunos. Certamente sentirei falta dos comentários, especialmente quando encontrava leitores no supermercado, nas lojas, nos consultórios e comentavam comigo os textos, trazendo ideias e incentivando a continuidade.
Particularmente quero expressar meus agradecimentos a Dona Delise Almeida, que me fez o primeiro convite em 2009 para escrever semanalmente para o Jornal. Também ao André Almeida e a todos os Editores e demais jornalistas, que se sucederam no Jornal e que semanalmente acompanharam esse trabalho, sinceramente, obrigado pela confiança, carinho e apoio.
De forma muito especial preciso expressar um agradecimento a duas pessoas: minha esposa Marlucy e Minha filha Mônica. Todas as semanas liam meus textos, apontavam erros e inconsistências, sugeriam correções. Foram minhas revisoras, discutindo comigo tantas questões e sugerindo tantos temas. Obrigado, de coração, esse trabalho também é de vocês duas, que dividiram comigo cada passo.
E, agora, quero agradecer imensamente aos meus leitores, pais, professores, gestores educacionais, e tantos outros. Vocês foram a principal razão desse trabalho, muito obrigado pelos comentários enviados, pelos e-mails, pelos recados que recebi, pela utilização dos textos em reuniões de família, em reuniões de pais nas escolas.
Enfim, são ciclos da vida que se fecham e outros se iniciam, assim como o ano, que se finda e outro se inicia. Para marcar esses ciclos escolhi como título um verso da música de Gonzaguinha e trago uma estrofe para comemorar esse ciclo que se se encerra: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar, e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Ah meu Deus, eu sei que a vida podia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita! (Gonzaguinha)
Se você prestar atenção em toda a letra da canção do Gonzaguinha irá perceber que ele tem um ponto de vista bem positivo em relação à vida. Isso não quer dizer que ele fecha os olhos para as coisas, mas apenas que ele se concentra no lado bom para seguir em frente e só viver a vida dele. Para comprovar veja o que ele canta no refrão: “Viver/ E não ter a vergonha/ De ser feliz/ Cantar e cantar e cantar/ A beleza de ser/ Um eterno aprendiz/ Ah meu Deus!/ Eu sei, eu sei/ Que a vida devia ser/ Bem melhor e será/ Mas isso não impede/ Que eu repita/ É bonita, é bonita/ E é bonita”, pense nisso enquanto lhe desejo boa semana, Feliz e Santo Natal, Bom e Próspero Ano Novo!!!
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